Achei interessante e resolvi divulgar: http://www.historiailustrada.com.br/2014/06/historia-do-brasil-como-vc-nunca-viu.html?fb_action_ids=717842258280548&fb_action_types=og.likes&fb_ref=.U496ArkQjRR.like&fb_source=feed_opengraph&action_object_map=%7B%22717842258280548%22%3A532418523529896%7D&action_type_map=%7B%22717842258280548%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%7B%22717842258280548%22%3A%22.U496ArkQjRR.like%22%7D#.U5MD2vldVbT.
Vale a pena ver essas fotos e refletir.
Vamos comentá-las uma a uma, começando pela fotografia das cabeças cortadas do bando de Lampião. Já tivemos a oportunidade de discuti-la em dois posts anteriores: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/10/direito-memoria-dos-mortos-o-caso-de.html e http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/05/direito-memoria-dos-mortos-exposicao-de.html. Sem dúvida, expor restos mortais como troféu fere o princípio da dignidade da pessoa humana e o direito à memória dos mortos no item "dever genérico de respeito".
ResponderExcluirA fotografia nº 2, a mulher servindo de cavalinho para a criança, não seria tão marcante se a primeira não fosse escrava. É uma brincadeira comum no Brasil servir de cavalinho, e eu já brinquei disso com irmãozinho, sobrinhos, mas a foto chamaria a atenção pelo caráter simbólico.
ResponderExcluirA terceira foto mostra Canudos, arraial que foi destruído (por que?) no final do século XIX. Antônio Conselheiro era o líder messiânico dessa comunidade de mais de 20 mil almas, à qual o governo brasileiro declarou guerra porque a percebia como um bando de monarquistas, vanguarda "comunista" e desafiadora da religião tradicional, com laivos de fanatismo.
ResponderExcluirRecentemente assisti a um documentário com mediuns que falavam por essas almas, e achei interessante.
Realmente, sempre achei a história de Canudos mal contada, mas pode ser porque nunca a estudei direito.
Lembrei. O filme era sobre o Contestado, mas também falou um pouco de Canudos.
ExcluirA quarta fotografia refere-se à "Revolta da Vacina", um dos episódios mais fascinantes da história do Brasil, e ilustra do que a mentalidade autoritária do Brasil é capaz. Obrigar pela força a população a tomar a vacina é típico. Por que não fazer uma campanha educativa, mostrar onde a vacina seria aplicada (não nos genitais, como a boataria gritava) e a sua importância. Mostrar o que aconteceria com quem contraísse a varíola. Havia tantas possibilidades de educação e convencimento, mas a alternativa mais lógica, eficiente e rápida para a mentalidade autoritária é forçar as pessoas.
ResponderExcluirA quinta foto, segundo afirma a legenda, são os soldados brasileiros em missão de reconhecimento na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial. A participação brasileira merece ser sempre bem estudada, não só porque se tratou de uma guerra importantíssima do século XX, mas também porque foi a última em que o Brasil formalmente ingressou.
ResponderExcluirAs fotografias 6, 7 e 8 retratam a tortura e à morte sob tortura de Vladimir Herzog.
ResponderExcluirA fotografia que retrata o pau-de-arara em uma parada militar é chocante, ainda que seja demonstração. Percebo-a como uma forma chocante de ameaçar a população. Deveriam perguntar aos responsáveis da época porque fizeram essa demonstração, e o que ela significava.
A fotografia número 7, de acordo com a legenda, mostra uma mulher assassinada em disputa de terras. Sendo indígena, imagino que ela integrou o vasto grupo de brasileiros que foram massacrados antes, durante e depois da ditadura militar de 1964. Para refletir sobre esse tema: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/06/direito-memoria-coletiva-povos.html
ResponderExcluirA fotografia de Vlado Herzog foi apresentada durante muito tempo como prova do seu suicídio. Sabe-se que a versão oficial não era verdadeira, e já na década de 70 havia sido desmentida, e essa foto passou a ser uma prova da técnica de encobrimento utilizada para disfarçar as mortes sob tortura. Apenas recentemente a família conseguiu que o atestado de óbito fosse corrigido.
ResponderExcluirA fotografia nº 9 faz parte do processo (não evento) chamado massacre do Carandiru, a invasão no presídio que culminou em mais de cem presos mortos. Em 2013, após quase 21 anos, os agentes públicos responsáveis foram condenados por homicídio.
ResponderExcluirTodas essas fotos, inclusive a décima, têm o tema da violência como eixo. São tantas as formas de manifestação das violências cotidianas, que essa coleção precisaria ter umas mil fotos diferentes para compor um mosaico minimamente representativo.
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