Onde estão os patuás quando mais precisamos deles?
Os patuás são talismãs, objetos mágicos de proteção e só por isso já seriam interessantes.
Mas junto com os patuás também vem a lembrança de um grupo de escravos da etnia mandinga (ou malinke), mulçumanos viventes nesta terra brasilis, que tinham o costume de carregar uma pequena bolsa de couro ao pescoço, amarrada com um cordão, onde colocavam frases do Corão para sua proteção.
Os mandingas não chamavam essa bolsinha de "patuá", mas assim os faziam os outros.
Com o tempo, a palavra "mandinga" assumiu diversos significados: feitiçaria, ou uma sabedoria ladina. Esse aspecto mágico gerou até uma "bolsa de mandinga", de onde constavam variados objetos utilizados em rituais de cura.
Tão forte é a associação da (dos) mandinga com magia, que nós até temos um ditado popular que diz "quem não pode com mandinga, não carrega o patuá".
Considerando os tempos confusos que vivemos, acredito que seria apropriado todos carregarmos patuás, mas será que aguentamos a mandinga? Além do corpo fechado, será que o patuá também protege os bolsos?
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