O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









sábado, 25 de abril de 2015

Sal

Ultimamente tenho exercitado a minha memória, tentando lembrar tudo que eu sei sobre os objetos que vou utilizar.  Já fiz uma reflexão sobre o pente (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/02/pente.html), e mesmo sem utilizá-los, pensei em penicos (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/10/penico.html).

Hoje resolvi pensar sobre o sal, simplesmente porque está me fazendo falta, diante da recente obrigação de consumir comidas insossas. Em função da minha idade, que misteriosamente aumenta com o passar do tempo, estou tendo que evitar o que sempre comi sem moderação, tais como, sal, açúcar, gorduras, hamburger e outras coisas maravilhosas que perdi o direito de comer.

Enfim, o sal é muito importante na História. Na Antiguidade era raro e caro, ao ponto de ser a remuneração in natura dos soldados romanos, de onde vem a palavra "salário" (soldo, soldado, salada).

Na minha modesta experiência culinária (não sou do tipo que endeusa o fazer gastronômico http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/08/receita-de-tilapia.html), o sal provinha da evaporação da água do mar, mas basta uma rápida visita ao supermercado da minha vizinhança para ver que há uma imensa variedade de espécies:  sal rosa do Himalaia, flor de sal, sal azul da Pérsia, sal que provém de minas, e o sal das míticas salinas francesas.

Só pelo fato de vir do Himalaia, da Pérsia (?) e de míticas salinas já fico curiosa para experimentar, mas sempre é uma decepção.  Não sou do tipo que acha sal "saboroso", para mim, é um mal muito necessário ao paladar.

Estou realmente curiosa para experimentar o chamado "sal de índio", que é o extrato da aguapé, uma planta aquática, porque ainda por cima é saudável.

Na minha região o sal sempre foi  um importante conservante para a carne, e até hoje é tradicional comer "carne de charque" ou "carne de Sol", que são bem salgadas.  O bacalhau que consumimos no Brasil também é conservado no sal, e aprendi a duras penas que convém dessalgá-lo antes de comer.

Finalmente, em Pelotas aprendi que a charqueada era uma atividade econômica complexa, e tive a oportunidade de conhecer a Charqueada São João, lugar interessante.  Em Bogotá, a cidade da minha infância, conheci a Catedral de Zipaquirá, construída em uma mina de sal.





Um comentário:

  1. Gente, que interessante! O sal é usado para pescar! Olha isso: http://www.insoonia.com/pescando-lingueirao/

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