Deve ser muito interessante falar alemão, essa língua uniforme herdeira de tantas nações, e que tenta explicar o mundo de forma específica.
Adoro ler sobre palavras em alemão. Tenho algumas preferidas: lebensschatzkiste e vergangenheitsbewältigung, que sintetizam (ou quase) as minhas preocupações e anseios teóricos.
Mas também já as usei para explicar o inexplicável, por exemplo, "schnappsidee". Já resolvi alguns dos problemas mais intrincados da filosofia, como a quadratura do círculo e porque o universo é infinito e sem fronteiras, sob a influência do álcool. Uma vez até consegui apagar uma televisão usando um abajur como se fosse controle remoto (http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/01/ressaca.html).
Bem, eu não faço mais. Perdi a capacidade de desligar a tv com o abajur quando parei de beber.
Tudo isso para dizer que estou sentido aquela vontade avassaladora de viajar, de ir ver o mundo. Pode ser a herança cigana que a família da minha mãe jura possuir, quem sente sabe o que eu quero exprimir, mas só os alemães conseguem forjar uma palavra específica: wanderlust.
Não sei se tenho wanderlust, contraí wanderlust ou sinto wanderlust. Mas é isso aí.
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