O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









terça-feira, 17 de setembro de 2019

Wanderlust

Deve ser muito interessante falar alemão, essa língua uniforme herdeira de tantas nações, e que tenta explicar o mundo de forma específica.

Adoro ler sobre palavras em alemão. Tenho algumas preferidas: lebensschatzkiste e vergangenheitsbewältigung, que sintetizam (ou quase) as minhas preocupações e anseios teóricos.

Mas também já as usei para explicar o inexplicável, por exemplo, "schnappsidee".  Já resolvi alguns dos problemas mais intrincados da filosofia, como a quadratura do círculo e porque o universo é infinito e sem fronteiras, sob a influência do álcool.   Uma vez até consegui apagar uma televisão usando um abajur como se fosse controle remoto (http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/01/ressaca.html).

Bem, eu não faço mais.  Perdi a capacidade de desligar a tv com o abajur quando parei de beber.

Tudo isso para dizer que estou sentido aquela vontade avassaladora de viajar, de ir ver o mundo.  Pode ser a herança cigana que a família da minha mãe jura possuir, quem sente sabe o que eu quero exprimir, mas só os alemães conseguem forjar uma palavra específica: wanderlust.

Não sei se tenho wanderlust, contraí wanderlust ou sinto wanderlust. Mas é isso aí.


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