Vou abrir um parênteses nos textos sobre a memória para fazer uma reclamação. Que droga é essa que está acontecendo?
Parece que a tecnologia da comunicação está prejudicando essa habilidade humana. Os meios de comunicação parece que viraram os fins.
Ontem eu estava andando pela rua, tentando caçar o meu almoço, e parei para olhar à minha volta. A maioria das pessoas estava usando fones de ouvido ou falando aos celulares, arriscando-se em atravessar a rua distraidamente.
As pessoas ficam absortas com os seus aparelhos e não prestam atenção ao mundo em sua volta, e nem ao cliente à sua frente. Eu tive que repetir três vezes o que eu queria à atendente, e depois ela ainda tentou confirmar o meu pedido. E confirmou errado.
Essa distração generalizada prejudica a formação da memória e traz uma tremenda ineficiência aos processos comunicativos.
Não dá para assistir à aula e ao mesmo tempo ficar mandando mensagens para dizer que está assistindo. Adverti um aluno para que desligasse um aparelho retangular, aparentemente muito importante para a sua vida, para que prestasse atenção à aula. Olha o diálogo:
- Fulano, desligue esse aparelho retangular e preste atenção à aula. O momento é de atenção e concentração.
- Professora, eu estou informando os colegas (que deviam estar na aula e não estavam) que estou assistindo à aula.
- Fulano, você não está assistindo à aula. Você está na sala de aula enviando mensagens aos amigos, o que é muito diferente.
Do jeito que está, além do arco e do fogo, vamos ter que resgatar também os modos tradicionais de comunicação, aquele em que as pessoas realmente dialogam e as mensagens conseguem ser enviadas e recebidas, sem o abuso da tecnologia.
A prova de que seu smart phone não faz de você uma smart pessoa. E prova também de que a burrice só gera burrice. O que você queria? Tirar leite de pedra?? Ahahahaha
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