Hoje iniciamos mais uma série do blog "direito à memória", trazendo conhecimentos que passaram no teste do tempo e cristalizaram-se em frases cheias de sabedoria, chamadas de "provérbios" ou ditos populares.
São conhecimentos obtidos no cotidiano e que são repassados através das gerações de forma sintética, com explícito apelo mnemônico.
Lembro que quando era da 5ª série a professora de Português passou um trabalho interessantíssimo, em que nós tínhamos que colecionar e analisar ditos populares e frases de para-choque de caminhão. Adorei esse trabalho sem saber o porquê, pois naquela época não sabia que o meu amor tinha um nome: memória coletiva.
Ainda lembro de vários desses provérbios que aprendi na quinta série, mas um deles tem um especial significado, pois foi contribuição do meu pai. Observem:
"O amor é como um pirulito, no começo é doce, e no final é palito".
Não acho que esse provérbio seja muito sábio, mas está no topo da lista por motivos afetivos.
De alguns, eu apenas discordo:
"Uma andorinha só não faz verão". Nem mil andorinhas juntas o fariam. Na época em que eu estava na quinta série o responsável pelas estações era o movimento de rotação e translação da Terra, mas como as coisas estão mudando, talvez o verão agora seja obra de duas ou mais andorinhas.
Enfim, a minha hipótese é que os provérbios não são tão sábios assim, e devem ser utilizados e transmitidos com cautela. E é isso que nos propomos nessa nova série do blog, analisar e certificar a idoneidade de provérbios e ditos populares para os fins de transmissão.
Talvez disso resulte mais uma campanha desse blog engajado, contra a transmissão, o ensino e a promoção de ditos idiotas.
Recomendamos veementemente, por sua comprovada utilidade, sabedoria e caráter principiológico (no Direito Ambiental), o provérbio "é melhor prevenir do que remediar".
Rapaz, esse negocio de amor como pirulito me deixou preocupada... ainda bem que tu completou o fim da frase a tempo.
ResponderExcluirE esse negocio ai da andorinha é verdade mesmo. No ano retrasado elas não migraram em certas regiões... ano passado voltaram. E jà tem gente olhando o céu e esperando esse ano, pra ver que merda vai dar.
Na cidadezinha onde minha familia nasceu, reza a lenda que um caminhoneiro mandou escrever na traseiro do seu caminhão "Eu gosto de rosetar". As damas respeitosas da sociedade foram falar com as autoridades locais (sei là quais...) e conseguiram interditar o sujeito de circular com seu caminhão na pracinha do centro enquanto tivesse aquela inscrição imoral. Dias depois ele voltou com uma nova placa onde se lia: "Continuo gostando..." e uma flor pintada ao lado. Pronto, foi assim que nasceu uma lenda! Como se não bastasse vestir a estatua do Pelé de baiana no dia do aniver dele.
Oâ, tu visse o lance do marfim roubado? Foi daquele elefante na entrada do museu que tu foi com tua genitora. Vai que tu tens até foto... procura ai.
O caba disse q ia ganhar 600 conto de dinheiros. Agora cadê achar o outro que ia pagar? Pra mim, esse tipo de roubo so é feito por encomenda, tipo objeto de igreja.
Nunca tive muito interesse por direito penal mas vou arriscar uma pergunta. ñ era caso de se pensar em tornar o crime imprescritivel não so pra fins de recuperação da obra, mas tb pra persecussão penal do pdp que a encomenda mas não recebe porque deu zebra no roubo. Ele comete crime tentando de interceptação, ou tem crime proprio pra essa porra, ou fica impune mesmo pq não foi consumado?
Vê bem, no caso em questão, recuperar o marfim, não é como recuperar um quadro ou pia batismal; o troço não cola, ou até cola com uma restauração bem feita (é o que pretendem fazer... inclusive hà quem diga que o orubado não era de verdade...parece que os franceses tem essa moda de dizer que seus bens são réplicas, mas...) mas dai a merda jà tà feita, prende-se o ladrão e o produto do roubo, mas o sujeito que encomendou e não recebeu fica como?? Vejo tanta gente justificar obras sacras dentro de casa com a baléla "veio de igreja demolida"... So sendo mesmo, até hj tem gente comprando obra e pau de igreja demolida, so num sei como tem tanta gente ao mesmo tempo tentando preservar igreja.
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P.S. Jà comentou aqui no blérg a expressão "falar a boca miuda"??
Eu jà tinha te contado essa do Pelé? Desde que ele foi jogar no Santos, o povo da terra natal passou a duvidar do patriotismo dele. Mais tarde tiveram certeza, pois numa entrevista pra tv Tupi, ele afirmou que gostava muito de morar em Santos. Isso foi a estocada final, enfim, as três estocadas finais necessarias para matar um tricordiano. Desde então, todo ano no dia do aniversario, a estatua dele aparece travestida de Carmem Miranda, baiana e coisas assim. Tenho minhas duvidas se algum dia ele tomou conhecimento desse gesto assintoso.
ResponderExcluirHehehehe. Essa do "rosetar" é muito boa. Será que o roseteiro ainda é vivo?
ResponderExcluirSerá que ainda existem "senhoras da boa sociedade" que implicam com esse tipo de coisa?
Lembrou-me a marchinha de carnaval: "não importa que a mula manque, eu quero é rosetar". Nenhuma compaixão pela pobre mula.
Quanto à estátua de Pelé, parece que essa utilização como manequim é bastante difundida. Já vi o mesmo acontecer com outros bustos, e parece ter sempre uma conotação de protesto, não é?