O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Impressões da pandemia 2020: volume 1

Esse post é um registro para a Fabiana do futuro lembrar dos detalhes da vida durante a pandemia.

Quando o isolamento social começou para mim, em 16/03/2020, a minha primeira providência foi comprar mantimentos e remédios para os próximos quarenta dias.

Naquela ocasião "quarentena" significava algo muito diferente.  Pensei (ou melhor seria dizer sonhei?) que a questão do coronavirus estaria resolvida em pouco mais de um mês.  Um erro baseado na ignorância pois à época não sabia o que era esse vírus e nem o que era uma pandemia.

Quarentena que durou meses e me forçou a aprender um novo modo de viver.

Quando o isolamento começou eu não sabia cozinhar, então tive que aprender a me virar.  Na verdade, nos primeiros meses me tornei vegetariana crudívora porque não sabia cozinhar meus alimentos.

Minha alimentação foi composta basicamente de verduras, frutas e sucos, e como resultado perdi nove quilos.  Algumas coisas saíram da minha vida e nunca mais vão voltar: refrigerantes, cerveja e pães.

Apesar dessa virada radical e benéfica na alimentação, mantive algumas ilusões e diversões alimentares como bolo de chocolate. 

Aos poucos fui aprendendo a cozinhar e fiz isso assistindo a aulas no Youtube.  Hoje me considero capaz, e quando coloco a trilha sonora do Inverno de Vivaldi me considero uma ótima cozinheira.

Isso tudo teve um estranho efeito: tornei-me muito mais exigente com ingredientes e refeições, e hoje torço o nariz para alguns dos restaurantes que eu gostava de ir.  Faço melhor e consigo reproduzir os pratos de que gosto de forma satisfatória.

Planejo minhas refeições e me sinto muito feliz quando consigo fazer do jeito que imaginei.  Quem diria que cozinhar poderia ser algo gratificante?

O ano de 2020 me levou para lugares exóticos e nunca dantes visitados, como a minha cozinha.



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