O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









domingo, 11 de dezembro de 2011

Pregões da minha infância

O pregão é uma espécie de anúncio, um chamamento. Alguns profissionais, como leiteiros, vendedores em geral e amoladores de facas, avisam cantando a sua chegada à clientela.

Os pregões são músicas de trabalho tradicional, que contribuíram com a trilha sonora da minha infância. Lembro que eu acordava ao som dos sinos da Igreja (que hoje não tocam mais... foram substituídos por um aparelho de som!?), e logo depois, pouco a pouco, começavam os pregões mais variados:

O apito do amolador de facas: http://www.youtube.com/watch?v=JNJpFzAne_0.


Herança portuguesa, com certeza!: http://www.youtube.com/watch?v=C0JznE2UwEQ



O vendedor de macaxeira (aipim), que gritava: XÊEEEEERA, Ô XÊRA!


Existe uma expressão antiga aqui na minha cidade que parece remeter aos pregoeiros: quando alguém é tagarela, diz-se que "fala mais que o preto do leite". Provavelmente ele era um pregoeiro dos bons!


Comparando memórias com o meu marido, ele disse que na cidade natal havia um senhor que também comercializava laticínios, conhecido como o "Alemão da Nata", que também apregoava seus produtos. O pregão de laticínios deve ser alguma particularidade dessa categoria profissional, não é?


Essa trilha sonora da cidade foi desaparecendo aos poucos. É difícil competir com o barulho ensurdecedor das nossas cidades.

Um comentário:

  1. Procuro há tempos, sem sucesso, um vendedor de japonês. Lembro que um senhor passava perto de casa apregoando o seu produto: "a..po..nei", e eu já sabia que ele vendia doces.

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