O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Micos inesquecíveis (3)

Esse post bem que poderia ser micos inesquecíveis 3 e 4, mas como se tratam de condutas semelhantes, ocorridas no mesmo evento, vou considerar que houve concurso material e formal, tratando como um grande mico único.

Há muito tempo, quase em outra vida, tive um namorado que era um verdadeiro cavalheiro.  Extremamente educado e formal, ele me convidou para jantar.

Chegamos à mesa do restaurante e o cavalheiro gentilmente puxou a cadeira.  Eu não entendi a gentileza, e sentei na cadeira da frente (mico preliminar).

O jantar transcorreu muito bem, até que eu tive vontade de ir ao banheiro.  Quando voltei, a cadeira tinha sido empurrada para a mesa.

O cavalheiro se levantou e se postou atrás da cadeira, com a intenção de puxá-la para que eu sentasse. Eu novamente não entendi a gentileza.

Mas como  sou esperta, e com a atenção destilada pelas artes marciais, vi toda a movimentação dele pelo canto do olho. No momento oportuno, dei um pulo apontando o dedo na cara dele e gritei:

- Rará, eu não caio nessa! Tá pensando que vai puxar a cadeira para eu cair? Rará, quem te pegou fui eu, otário!

Falando agora fica meio estranho e confuso, mas na hora pareceu que eu estava coberta de razão.

Moral da história:  para existirem cavalheiros, é necessário que existam damas.  Eu não estava preparada para tanta gentileza, o que demonstra que eu preciso estar mais preparada para esses mimos.

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