Começamos a acompanhar aqui blog as manifestações por direitos fundamentais no Brasil no post (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/10/memoria-coletiva-e-autoritarismo-3-o.html?showComment=1371504843946#c780751069242411550), que iniciaram como protestos contra o aumento de passagens nos transportes públicos e se transformaram em um movimento de reivindicação geral por democracia.
O ponto de mutação do movimento, é fácil identificar, foi a maneira anti-democrática de perceber (não ouvir ou não atender, note-se) as reivindicações. E nada do que aconteceu seria necessário se houvesse algum canal institucional através do qual as pessoas pudessem exigir os seus direitos, e que realmente funcionasse.
A sensação de que não adianta reclamar e exigir normalmente é que levou as pessoas às ruas. E o que começou como uma manifestação "contra" o aumento das passagens, passou a uma reivindicação a favor da melhoria da qualidade do serviço de transporte, e depois, da qualidade de vida em geral.
Agora, todo mundo que tem uma reivindicação vai levá-la à praça pública. Então, basta olhar para o cidadão ao lado para aprender mais um aspecto do que falta à nossa qualidade de vida.
Ontem, dia 17/06/2013, houve mais uma manifestação no Estado de São Paulo, mas outras localidades também estão se manifestando.
Estou muito curiosa e interessada para ver como as pessoas, instituições e poderes irão se portar. Este post é para acompanhar o desenrolar dos eventos e, garantimos, não vamos esquecer, independentemente dos resultados.
A favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
ResponderExcluirContra a PEC 37
A favor da melhoria dos serviços públicos de saúde, transporte e educação
Contra a corrupção.
Amanhã, dia 26/06/2013, haverá nova manifestação.
ResponderExcluirOntem, 25/06, o Congresso Nacional arquivou a PEC 37, após rejeição na Câmara dos Deputados, por 430 votos (contra) e 9 (a favor).
ResponderExcluirHoje, 01/07/2013, foi convocada greve geral.
ResponderExcluirUm ano depois estamos em meio à Copa do Mundo. Há manifestações também, mas agora o teor é "contra". Contra a Copa, contra o governo, contra o capital. Essas manifestações de 2014 têm um número infinitamente menor de participantes.
ResponderExcluirEm 2015, a Prefeitura de São Paulo decidiu autorizar um aumento nas tarifas de transporte público, apesar da insatisfação do consumidor, da ausência de melhorias estruturais, da comprovada falta de justificativa para o preço cobrado e pelo resultado apontado por uma auditoria, que mostra que há má gestão do serviço (http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/12/auditoria-em-sistema-de-transporte-diz-que-sp-pode-economizar-74.html).
ResponderExcluirNão é por 0,20 (com a inflação aumentou para 0,50), é pelo direito de discutir como esses centavos são definidos, aplicados, e o que eles representam em termo de qualidade no retorno ao consumidor.
ResponderExcluirNo Rio de Janeiro, fala-se da máfia do ônibus. Basicamente, segundo as notícias, o aumento das tarifas era transformado em propina, e as empresas ainda se beneficiavam de reduções ou isenções de impostos. Riqueza com o dinheiro público e com o dinheiro do público.
ExcluirEmbora não aponte uma relação de causalidade, sendo as manifestações de junho de 2013 a causa, e a atual situação política a consequência, há certamente conexões entre ambas. O processo de implementação e consolidação da democracia brasileira vai exigir muito diálogo, muita paciência para superar a violência real e simbólica, inclusive nos discursos. São tempos interessantes.
ResponderExcluirRegistrando: A imprensa denominou o "conjunto de manifestações" pela efetividade de direitos fundamentais (2013) de "Jornadas de Junho".
ResponderExcluirEm 2016, a manifestação é por direitos políticos. O breve relato acima poderia ter sido escrito sobre as manifestações de 04/09/2016. Sempre o mesmo.
ResponderExcluirEm 2017, a reivindicação é por direitos sociais e econômicos.
ResponderExcluirSempre o mesmo.
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