O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quinta-feira, 23 de junho de 2011

CAMPANHA CONTRA A CARACTERIZAÇÃO PEJORATIVA DOS MATUTOS E CONTRA O CASAMENTO FORÇADO NA QUADRILHA

No post Festas Juninas procurei demonstrar toda a minha indignação pela representação maldosa do chamado matuto ou caipira. cf. http://direitoamemoria.blogspot.com/2011/06/festas-juninas.html

Sempre retratado pobremente, suas vestimentas remendadas e dentes podres, acho que é um retrato muito triste dos nossos trabalhadores rurais. O exagero típico da caricatura faz com que os vestidos de tecido barato sejam sempre cheios de babados e fitas, adereços risíveis e de mau gosto.

Ser matuto é visto como defeito: é pessoa envergonhada, que não consegue se expressar eficientemente, que tem vergonha de fazer refeições em público, chama de bicho do mato.

Essa tradição é um mau hábito: as pessoas continuam reproduzindo essa visão pejorativa do matuto inconscientemente, sem se dar conta que podem ofender as pessoas. É uma memória coletiva construída com base no preconceito que precisa ser conhecida, evidenciada e superada.

O matuto não precisa ser desdentado, nem ter dentes podres, se no seu município a Prefeitura dispuser de serviço odontológico de qualidade e gratuito.

Faz tempo que as meninas não usam vestido de chita remendado, e se usarem, que mal tem?

PAREM de forçar as moças a casar para reparar buraco, como é representado na quadrilha junina.

Sei que nas novas quadrilhas estilizadas já não aparece esse casamento matuto de forma tão dramática mas, na verdade, elas não contam estória nenhuma e estão mais para corpo de baile coreografado.

SOU CONTRA a modificação da quadrilha junina, mas como não danço quadrilha, nem tenho legitimidade para falar. APENAS SOU CONTRA.

9 comentários:

  1. Os festejos de São João estão chegando, então é hora de parar e refletir sobre a comemoração que está por vir.

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  2. Estamos de prontidão para nos manifestar contra a caracterização pejorativa dos matutos e prestar esclarecimentos à população sobre o casamento forçado na quadrilha.

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  3. Desde o início de junho de 2014, como acontece há três anos, estamos de prontidão para esclarecer dúvidas dos cidadãos sobre esteriótipos difamatórios e racistas contra os matutos e quanto aos efeitos e procedimentos necessários para nulificar os casamentos forçados em quadrilhas juninas.

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  4. Começou o estado de prontidão para combater esteriótipos difamatórios e racistas no período junino, no exercício de 2015.

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  5. Neste ano, também vou fiscalizar eventuais maus tratos à figura de Santo Antônio. Ainda não consegui decidir se torturar o santo para arrumar marido é forma de vilipêndio a objeto de culto religioso, que é crime no Brasil; se é estado de necessidade e portanto estaria excluída a ilicitude, ou se apenas é realmente uma necessidade social justificada. Precisamos amadurecer esses questionamentos.

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  6. Reativando nossa vigilãncia nesse mês de junho de 2016.

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  7. Reativando nossa vigilância nesse mês de junho de 2017.

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  8. Reativando nossa vigilância nesse mês de junho de 2018.

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  9. Não temos certeza mas essa representação foi criada por Monteiro Lobato visando despertar a atenção dos governantes
    e da sociedade para as condições de vida do homem interiorano, o homem de nossos sertões... os dentes cariados ou ausentes o andar descalço, o bicho do pé. Quando avançávamos fomos golpeados.A forma de exclusão dos assaltantes do poder é a mais perversa, começando pela eliminação direta dos mais pobres, nas metrópoles, cidades e aldeias."Não nos iludamos,a plutocracia quer um mundo só para os ricos..."(José Saramago)

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