É o conhecimento que os animais possuem sobre as propriedades medicinais dos recursos naturais (plantas, minerais).
Esse conhecimento, adquirido por tentativa e erro, e ensinado por imitação, é transmitido através das gerações. É bem sofisticado porque envolve não só a tipo de recurso medicinal, mas também a forma correta de utilizá-lo e a finalidade.
Por observação, sei que isso é verdade, pois o meu cachorrinho se automedicava quando tinha cólicas. Ele comia determinada planta, que aparentemente era digestiva, e logo estava bonzinho.
Por outro lado, sei que alguns animais utilizam seus conhecimentos também para fins, digamos, recreativos. Alces ficam bêbados com maçãs fermentadas na Suécia. Na África, elefantes buscam frutos fermentados e roubam depósitos de álcool, para ficar bêbados. Lêmures esfregam lagartas para ficar chapados. Abelhas, bêbadas. Macacos, bêbados. Cavalos e bois, bêbados. Renas comem cogumelos (amanita muscaria) para ficar chapadas e os seus pastores sami tomam a urina delas com a mesma finalidade.
Enfim, parece que há produção de conhecimento e práticas que são transmitidas através das gerações, o que me leva a indagar: podemos falar de um patrimônio cultural animal?
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