A série “Resgatando Instituições Antigas” é mais uma iniciativa deste blog para recordar de maneira ativa, reciclando e reconstruindo antigas instituições/convenções sociais que, por fatores variados, acabaram sendo esquecidas (cf.http://direitoamemoria.blogspot.com/2011/11/resgatando-instituicoes-antigas.html) .
Esse resgate baseia-se na certeza de que muitas dessas instituições/convenções poderiam voltar a ser úteis, se fossem adaptadas às necessidades modernas: neste post analisaremos o auto-sacrifício maia.
O auto-sacrifício entre os povos indígenas mesoamericanos era praticado pelos governantes e integrava o conjunto de suas atribuições. A finalidade desse ritual era religiosa e política, e consistia em furar partes do corpo (língua, pênis, lábios) com espinhos, espinha de peixe ou artefatos de obsidiana, com a finalidade de obter o sangue sagrado para oferendas.
Ilustração: confiram a representação de uma cena de auto-sacrifício, que acabou inspirando a confecção de um baralho russo (?): http://boingboing.net/2010/03/24/russian-playing-card.html.
A antiga instituição do auto-sacrifício maia poderia ser revitalizada se:
a) A finalidade religiosa fosse abstraída;
b)A finalidade política fosse ressaltada, com caráter preventivo e pedagógico. Assim, quando houvesse eleições, os candidatos já estariam advertidos também dessa obrigação inerente ao mandato.
c)Fosse proibida a divulgação de imagens, ou de vídeos no youtube, das sessões de auto-sacrifício para não transformar esse grave ato público em espetáculo midiático.
Reitero a necessidade de resgatar essa instituição. O auto-sacrifício deveria ser uma das atribuições do cargo eletivo.
ResponderExcluir"Morder a própria língua" não é suficiente para alguns candidatos. Seria necessário passar por ela espinhos, artefatos de obsidiana ou espinhas de peixe.
Diante dos últimos acontecimentos, reitero.
ResponderExcluirEm clima de fim dos tempos no Brasil, o auto-sacrifício deve substituir a auto-indulgência.
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