Em 17 de julho nasceu Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, brigadeiro "Sérgio Macaco".
Para lembrar dele é preciso recontar a estória, que passa de boca em boca com sabor de lenda, do dia em que esse militar recusou-se a cumprir ordens ilegais de seus superiores hierárquicos, evitando um atentado terrorista tramado pelo governo ditatorial brasileiro.
Por recusar-se a participar do atentado contra a população, o então capitão Sérgio Macaco foi perseguido, preso, torturado, perdeu sua farda e seu emprego, mas fez o que achava certo. Só depois de muitas décadas, e de uma ação judicial, o governo reconheceu a injustiça cometida, e o promoveu a brigadeiro poucos dias após o seu falecimento.
Com a reabilitação post mortem, lamentavelmente tardia pela insensibilidade burocrática, o Brigadeiro não teve em vida o reconhecimento que merecia, mas pelo menos pode ser lembrado como um servidor público que não compactuou com um governo ilegítimo na prática de crimes contra a Humanidade.
Lembrar do cidadão Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho é lembrar que a integridade, no fim das contas, vale a pena.
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