Notícia triste: http://www.dn.pt/sociedade/interior/120-lojas-historicas-encerraram-desde-2015-agora-e-a-paris-em-lisboa-5628652.html
O programa "Lojas com história" é uma iniciativa da cidade de Lisboa e visa a preservar pontos comerciais estabelecidos há muito tempo, alguns centenários, que compõem a atmosfera da cidade. Pelo que pude perceber, há um incentivo para preservar o mobiliário e o ramo da atividade (não sei quanto aos produtos), o que sem dúvida contribui para uma sensação de familiariedade, identidade e pertencimento daqueles que se acostumaram a comprar, às vezes por toda a vida, em um mesmo lugar.
Mal comparando, evidentemente, hoje fui à padaria que ficava próximo à casa da minha avó só para comer um sonho. Hoje ela é fisicamente muito distante de mim, do outro lado da cidade, mas na minha memória está a umas poucas pedaladas com a bicicleta quebrada do meu tio, e produz o melhor sonho de todos, recheado de creme, lembranças e saudades.
Para mim, existe algo de reconfortante em saber que aquela padaria continua ali.
Enquanto tanta gente quer falsificar o passado, criando lojas com aparência de antigas, em um revival incompreensível, por que não preservar aquelas que realmente são testemunhas (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/11/produtos-centenarios.html) e sobreviveram ao tempo?
E para os turistas é uma oportunidade incrível de vislumbrar o passado da cidade através de uma janela, uma vitrine do tempo, que dá uma feição tão peculiar às cidades.
O brasileiro não tem memória.
Neste blog desmascaramos esta mentira.
Neste blog desmascaramos esta mentira.
sábado, 28 de janeiro de 2017
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
27 de janeiro - Dia internacional pela memória do Holocausto
A data de 27 de janeiro marca a liberação do campo de concentração de Auschwitz, e foi considerada um marco comemorativo pelas Nações Unidas: http://www.un.org/en/holocaustremembrance/.
Honrar a memória das vítimas, não esquecer os perpetradores, as circunstâncias e os fatos, não permitir que aconteça outra vez. Esse é o dever de memória.
Honrar a memória das vítimas, não esquecer os perpetradores, as circunstâncias e os fatos, não permitir que aconteça outra vez. Esse é o dever de memória.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
A paisagem urbana: apreciar ou não apreciar, eis a questão.
Outro problema é das afinidades seletivas: http://veja.abril.com.br/politica/sob-doria-grafites-sao-apagados-por-tinta-cinza-em-avenida-de-sp/
Pichar e grafitar são atos distintos, sendo o primeiro considerado crime ambiental.
Grafites podem contribuir para o enriquecimento da estética urbana. E pichações às vezes são documentos históricos.
Não há regra que permita, de uma forma genérica, decidir o que é lindo, o que deve ser preservado e o que deve ser coberto de cinza. Qual foi o critério para apagar uns e deixar outros?
Será que a cidade cinza é melhor? https://www.youtube.com/watch?v=7NpppZaGfJo
Pichar e grafitar são atos distintos, sendo o primeiro considerado crime ambiental.
Grafites podem contribuir para o enriquecimento da estética urbana. E pichações às vezes são documentos históricos.
Não há regra que permita, de uma forma genérica, decidir o que é lindo, o que deve ser preservado e o que deve ser coberto de cinza. Qual foi o critério para apagar uns e deixar outros?
Será que a cidade cinza é melhor? https://www.youtube.com/watch?v=7NpppZaGfJo
sábado, 21 de janeiro de 2017
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Destruição de instrumentos musicais dos Gaiteros de San Jacinto
Tradicional grupo musical colombiano, cujos instrumentos contêm sementes e outros materiais orgânicos, os viu serem destruídos no Chile em razão da legislação de proteção agrícola: http://resumen.cl/2017/01/gaiteros-de-san-jacinto-sufren-la-destruccion-de-sus-instrumentos-por-el-sag/.
Compatibilizar as exigências legais com práticas tradicionais às vezes é um desafio. No Brasil, por exemplo, o queijo de Minas (e seu modo de fazer artesanal, registrado como patrimônio cultural brasileiro no Livro dos Saberes) é uma questão para a Vigilância Sanitária.
Não havia outro modo de fiscalizar, sem necessariamente destruir os instrumentos?
Compatibilizar as exigências legais com práticas tradicionais às vezes é um desafio. No Brasil, por exemplo, o queijo de Minas (e seu modo de fazer artesanal, registrado como patrimônio cultural brasileiro no Livro dos Saberes) é uma questão para a Vigilância Sanitária.
Não havia outro modo de fiscalizar, sem necessariamente destruir os instrumentos?
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terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Ganhe e restaure
Governo da Itália doa casas na Sicília, desde que o beneficiário se comprometa a restaurar o bem imóvel: https://br.noticias.yahoo.com/quer-morar-na-it%C3%A1lia-governo-slideshow-wp-192120287/photo-p-p-photo-192120071.html.
Lista dos imóveis disponíveis: http://www.comune.gangi.pa.it/sportellodoc/schede_aggiornate1.10.2016.pdf
Lista dos imóveis disponíveis: http://www.comune.gangi.pa.it/sportellodoc/schede_aggiornate1.10.2016.pdf
sábado, 14 de janeiro de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
80 anos da politica de preservação do patrimônio cultural no Brasil
Comemora-se hoje, dia 13/01/2017: http://www.cultura.gov.br/o-dia-a-dia-da-cultura/-/asset_publisher/waaE236Oves2/content/politica-de-preservacao-do-patrimonio-cultural-brasileiro-faz-80-anos/10883
O marco é a promulgação da Lei nº 378/37, que em seu artigo 46 dispõe:
Art. 46. Fica creado o Serviço do Patrimonio Historico e Artístico Nacional, com a finalidade de promover, em todo o Paiz e de modo permanente, o tombamento, a conservação, o enriquecimento e o conhecimento do patrimonio historico e artístico nacional.
§ 1º O Serviço do Patrimonio Historico e Artístico Nacional terá, além de outros orgãos que se tornarem necessarios ao seu funccionamento, o Conselho Consultivo.
§ 2º O Conselho Consultivo se constituirá do director do Serviço do Patrimonio Historico e Artistico Nacional, dos directores dos museus nacionaes de coisas historicas ou artísticas, e de mais dez membros, nomeados pelo Presidente da Republica.
§ 3º O Museu Historico Nacional, o Museu Nacional de Bellas Artes e outros museus nacionaes de coisas historicas ou artísticas, que forem creados, cooperarão nas actividades do Serviço do Patrimonio Historico e Artistico Nacional, pela fórma que fôr estabelecida em regulamento.
Para saber mais sobre as mudanças institucionais das entidades e órgãos de preservação federal nesses oitenta anos, um pequeno artigo que escrevi há algum tempo: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/viewFile/14082/12951 .
Sonhamos com mais oitenta, e além.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Saudar os mestres
As artes marciais são praticadas ritualisticamente, então existe a
definição de um espaço especial, de um tempo adequado, vestimentas e papéis que
a estruturam enquanto atividade social (cf. http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/03/artes-marciais-e-memoria.html).
Há muitos aspectos interessantes desse ritual, que vai além do mero
aprendizado de movimentos de ataque e defesa.
Por exemplo, o espaço em que ocorrem as aulas e os combates geralmente
são sacralizados, para nele adentrar é necessário fazer uma saudação em sinal
de respeito, como ocorre com o “salve” dos capoeiristas ou os gestos respeitosos
do Karate e do Kung Fu (DANTAS & MÜLLER, 2011, 259-275).
Porém, sem dúvida, um dos aspectos memoriais mais interessantes é a
lembrança celebrativa dos mestres. A
reverência demonstrada pelos praticantes não é apenas uma manifestação de
disciplina, mas de celebração da memória dos vivos ou dos mortos, da vida, dos
valores e das lições legadas por alguém.
Em algumas é costume ter presente uma fotografia ou desenho do
mestre, que é reverenciado com cumprimentos específicos, às vezes ao iniciar e
também ao terminar o encontro. A
presença dos mestres em cada aula, em cada evento, é uma maneira eficiente de
preservar a sua memória e os seus ensinamentos.
Referência
DANTAS, Fabiana; MÜLLER, Elaine. Cultura marcial: uma porta para o Oriente em tempos de globalização. In: Antonio Motta. (Org.). O Japão não é longe daqui. Interculturalidades, consumo e estilos de vida.. Recife;Tóquio: UFPE; Japan Foundation, 2011, v. , p. 259-275.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
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