O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quarta-feira, 30 de maio de 2018

Em memória de Audálio Dantas

Hoje faleceu o jornalista Audálio Dantas: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/jornalista-audalio-dantas-morre-em-sao-paulo.ghtml.

É autor do livro "As duas guerras de Vlado Herzog" que consta na seção "Sugestão de Leitura" ou "Fabiana recomenda" aqui no final do blog, à direita.

Apesar do belo sobrenome não é meu parente, e sinto como se o conhecesse porque já dialoguei com suas idéias em artigos que escrevi. É parte das minhas referências mas, mais do  que disse e escreveu, tocou-me pelo que fez pela memória do falecido amigo Herzog.

Há uma foto histórica dele, sozinho, ao lado do caixão de Vladimir Herzog no velório, que para mim é o símbolo de lealdade e solidariedade, da perplexidade, da tristeza e saudade, tudo em um gesto, captado pela sensibilidade da fotógrafa Elvira Alegre. 

Para ver a fotografia, que não vou reproduzir em respeito aos direitos da autora, basta colocar os nomes Dantas e Herzog em sítios de busca, ou vê-la aqui, nessa reportagem que fala sobre a fotógrafa: https://jornalggn.com.br/noticia/as-imagens-do-velorio-de-herzog-registradas-por-uma-jovem-fotojornalista.


terça-feira, 29 de maio de 2018

Dez coisas favoritas (especial de aniversário)

Não há dúvidas de que fazer uma lista é uma boa forma de lembrar (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2017/11/formas-de-lembrar-9-fazer-listas.html), pois a memória trabalha com organização, classificação, associação.


Fiz uma lista de desejos (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2016/11/lista-de-desejos-de-fabiana.html), das minhas músicas favoritas (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/07/dez-musicas-brasileiras-que-eu-adoro.html), de tratamentos de beleza (?  https://direitoamemoria.blogspot.com.br/2015/02/lista-dos-tratamentos-de-beleza-e.html).  Como   forma de comemoração do meu recente aniversário, fiz a lista de coisas ou experiências de que eu gosto, e que busquei saborear naquela data especial:

1) O vento das 13 horas na minha cidade, em dias de sol.
2) A luz das 17 horas na minha cidade, porque lembra Bogotá.
3) Hamburguer (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/04/minhas-memorias-mais-antigas.html; http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/05/o-primeiro-hamburguer-gente-nunca.html).
4) Tangerina, na forma de suco ou picolé.
5) Caminhar.
6) Lavar o rosto após uma atividade física extenuante em frente à janela, levando bastante vento (se possível das 13 na minha cidade), e depois tomar café.
7) Escrever
8) Ler poemas (principalmente http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2015/06/lembrar-paulo-leminski.html)
9) Ir à praia, para praticar esportes ou fazer absolutamente nada, sob o sol. Ocasionalmente reclamar que o sol está muito quente e o mar está muito salgado, mas que nada se pode fazer quanto a isso.
10) Lembrar, e escrever sobre lembrar e esquecer.

Um aniversário repleto de felicidades e de experiências maravilhosas.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Maria Clara

Aprendendo Latim:

Diploma de MClara

E por que não aprender? Aprendamos tudo o que for possível.  E o que não for, nós tentamos.

Vamos redescobrir o Latim, é o que venho dizendo desde o post http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/11/dialogo-surreal-2.html

Muito bem, querida Maria Clara (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2015/11/parabens-maria-clara.html). 

Aviso que, a partir de agora, só aceito listas em Latim (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2017/11/formas-de-lembrar-9-fazer-listas.html) e, em comemoração, você pode escolher outro item para sua tia arrumar com as próprias mãos.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

terça-feira, 1 de maio de 2018

Direito à memória dos mortos - testamentos


Um testamento é a última declaração de uma pessoa falecida, negócio jurídico unilateral de disposição do seu patrimônio.

Mais que isso, é a oportunidade de expor afetos e desafetos.  Alguns testamentos antigos, que estão guardados no Instituto Histórico aqui da minha cidade, são maravilhosos:  revelam grandes segredos guardados durante a vida inteira, intrigas, amores e desafetos, para serem publicados no momento da leitura.

"Na época em que você teve aquele caso com a mulher do vizinho".  "Você pensava que eu era idiota, mas eu sabia de tudo".  "Para Fulano, não deixo absolutamente nada porque é um sujeito sem caráter".  Nessa hora de libertação do corpo físico, as mulheres aproveitavam para vandalizar as estruturas sociais opressoras.

Hoje em dia os testamentos perderam um pouco o encanto, pois limitam-se a partilhar os haveres. Por isso prefiro o Testamento de Manuel Bandeira:
"O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros — perdi-os...
Tive amores — esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.
Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.
Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não faço versos de guerra.
Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!"