O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









terça-feira, 29 de outubro de 2019

Arquivos no meu computador

Nesse final de semana, resolvi fazer uma pequena limpeza no meu computador, para fazer um backup geral.

Quantas recordações!

Achei coisas do arco da velha: fotos, vídeos, artigos pela metade, listas e listas. Arquivos que remontam a 2002.

Cheguei à conclusão que a memória do meu computador é uma canastra mágica e vou continuar fazendo arqueologia digital, porque isso tudo é muito interessante.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Paredes (3)

Há de tudo em paredes: quadros, orações, esperanças,  gatos, jovens e ouvidos.

"As paredes têm ouvidos" é uma advertência para ser mais do que discreto ao falar sobre certos temas. Pode parecer uma metáfora mas algumas realmente têm, como no Palazzo Vecchio, em Florença.

Já outras têm olvidos.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Paredes (2)

Há de tudo em paredes: quadros, orações, esperanças, gatos e jovens.

Aqui na minha cidade conta-se que emparedaram uma moça (no início do século XX) porque ela ficou grávida e não era casada.

Dizem que a família jantava enquanto ouvia os gritos desesperados dela, emparedada, morrendo de fome.

Não é lenda urbana, a tragédia é real. 😟😕😨😭

sábado, 19 de outubro de 2019

Paredes (1)

😲😲😲😲😲

Há de tudo em paredes: quadros, orações, esperanças.

E isso: http://www.apotropaios.co.uk/dried-cats.html

Parece que emparedar gatos era uma forma de proteger os lares ingleses contra malefícios 😟😕😨😭😲

Precisamos saber mais sobre isso.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Citação sobre o olvido - Millôr

"Quem não tem memória sabe tudo do olvido"

MILLÔR.  A bíblia do caos. Porto Alegre: L&PM.,2011, p.363

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Dia dos professores

Em 15/10/2019 comemora-se no Brasil o "Dia dos Professores".

São profissionais importantes para as nossas vidas, que proporcionam os meios para a obtenção do conhecimento.  E são pessoas que impressionam vivamente a nossa memória, pelo que têm de melhor e, às vezes, de pior.

Sou o produto do trabalho conjunto, sucessivo e contínuo de vários professores. Hoje eu consigo me expressar nesse blog por causa das tias Rosário, Emília e Fátima, que me encantaram com a nossa enigmática Língua Portuguesa.

Quis o destino que eu preferisse umas matérias a outras, mas todos os professores foram indispensáveis na minha história. Aprendi de tudo com eles: Matemática, Capoeira, Geografia, Biologia, Kung Fu, a fascinante Química, Física, Literatura, História (!), Direito Constitucional, Civil, a amada Teoria Geral do Estado, Medicina Legal, Filosofia... Tantas emoções.

E mais: aprendi que as pessoas podem amar áreas tão diferentes e se dispõem a compartilhar com os alunos o fruto de sua dedicação e do seu compromisso em levar o conhecimento adiante, contribuindo para formar a memória coletiva.

Eu tenho e tive muitos mestres, e o seu exemplo me estimulou a estudar e tornar-me também uma professora.  Eu ensino disciplinas jurídicas e, espero, também a amar essa belíssima Ciência do Direito à qual me dedico desde os 17 anos.

Sou professora há 19 anos, e todo dia adquiro um novo conhecimento pelos livros, pela observação, com os meus alunos, e com as lembranças dos ensinamentos dos meus professores. 

Lembro também do que diz Confúcio:  

Aquele que está sempre revendo seus velhos conhecimentos e adquirindo novos poderá tornar-se um professor para os outros (CONFÚCIO, 1995, p.7)

Ser professor significa estar sempre lembrando os velhos conhecimentos, produzindo novos e compartilhando-os na esperança de que consigam contribuir para melhorar a vida das pessoas.  

Não é uma missão fácil, e se fosse não estaria à altura do desafio.  Eu e meus irmãos somos professores - Direito, História, Geografia, Matemática, Engenharia Elétrica, Ensino Fundamental - e achamos que ensinar sempre vale o esforço.

Por isso e por tudo, obrigada, meus mestres.

Referência.

CONFÚCIO. The Analects. New York: Dover, 1995.



domingo, 13 de outubro de 2019

Brinquedos tradicionais (1): Mané Gostoso

Brinquedos são bens culturais materiais, que são usados em práticas identitárias (imateriais).  São patrimônio e também divertidos.

Alguns brinquedos tradicionais estão desaparecendo, substituídos por outras formas de brincar.  Como ontem foi comemorado o "Dia das Crianças" no Brasil, resolvi  participar da festa (e exercitar o meu direito à memória) brincando.

Esse é um brinquedo tradicional que eu adoro.  Esse ginasta é incansável, superdinâmico e sempre faz movimentos surpreendentes!


Pula Mané!

Preparando o movimento

Nota 10!



Para vê-lo em ação: https://www.youtube.com/watch?v=66PLegXbiKs

Para aprender a fazer: https://www.youtube.com/watch?v=byx6hBqQ-_k

Vou trazer mais brinquedos tradicionais aqui no blog e me divertir muito com isso.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O que é melhor?

"Qual foi a melhor:  aquela noite inesquecível ou aquela noite que você nem se lembra do que aconteceu?" Perguntou Millôr (2011, p. 363).

_____________

Vou responder: nem sempre o que é inesquecível é bom, mas é sempre melhor lembrar do que não.


MILLÔR.  A bíblia do caos. Porto Alegre: L&PM.,2011, p.363

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Barcelona cassa as medalhas de Francisco Franco

Notícia importante: https://esportes.r7.com/prisma/r7-so-esportes/barcelona-retira-medalhas-de-ditador-espanhol-francisco-franco-12022019

E por que é importante?  Pelo caráter simbólico do ato que, ao cassar as medalhas, reafirma a importância das pessoas perseguidas pela política de Franco desde a Guerra Civil.

Esse ato soma-se a um conjunto de outros que pretendem reposicionar a figura de Franco na história de España, bem como determinar como deverá ser lembrado.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Negacionismo do Holocausto não é liberdade de expressão

Decisão importante: https://www.dw.com/pt-br/negar-holocausto-n%C3%A3o-%C3%A9-liberdade-de-express%C3%A3o-decide-corte-europeia/a-50697201

O Holocausto aconteceu.  Não foi um evento, foi um processo através do qual milhões de seres humanos foram objetificados, escravizados, dizimados.

É um trauma histórico que não se pode esquecer, por isso negá-lo é uma forma de violar a memória dos vivos e dos mortos.

A Alemanha desenvolveu um bom exemplo de política da memória, de como lidar com esse legado terrível. Enfrentar esse passado devastador com responsabilidade e com um claro compromisso com o futuro é o que se espera para superar tamanha dor.

Essa é a única forma adequada de construir a memória coletiva, com respeito à verdade, reverência pelas vítimas e compromisso com o aperfeiçoamento das instituições para que não aconteça de novo.  Negar, mutilar fatos e criar versões legitimadoras são apenas estratégias de diversão para alcançar o esquecimento.

E esquecer, nesse caso, significa condenar pessoas à morte e à vida indigna.  Esquecer é crime.