ABC de Benjamin

 A aventura de Ben pelo conhecimento continua (http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/01/benjamin-e-o-patrimonio-paleontologico.html, https://direitoamemoria.blogspot.com/2018/12/benjamin-e-o-patrimonio-paleontologico, https://direitoamemoria.blogspot.com/2019/01/benjamin-e-o-patrimonio-paleontologico-3.html).

Agora ele aprendeu a ler e participou da formatura do ABC, usando o anel que todos nos usamos quando éramos bebês:

https://direitoamemoria.blogspot.com/2016/05/formatura-do-abc.html?sc=1668163182803#c3219313582366937747

Falando em bebês e letras, lembrei de Lucas que estava aprendendo a escrever e achava que cada letra do alfabeto era por si importante e valiosa.

Um dia ele escreveu e me presenteou com um F, porque essa era a minha letra e ele estava apenas guardando para mim😍

Dez anos depois mostrei o papel com a minha letra para ele, que ficou encantado porque eu havia guardado e lembrado daquele gesto.  Ele me disse: eu sabia que você ia cuidar bem dessa letra.

💓

Uma vez que a gente aprende o ABC  tem que aproveitar e cuidar bem.  Ler bastante e usar o alfabeto para se expressar e ser livre.

É disso que se trata Ben.

Yanomamis

Quando vemos imagens traumáticas, a tentação é tentar entender o que está acontecendo pela associação com experiências anteriores.  A memória funciona assim, mas os abusos da memória também.

A imagem dos índios yanomami famintos, doentes, abandonados e perseguidos, fala alto. Fala sobre direitos fundamentais e o que a sua ausência provoca.

Fala sobre modos de vida tradicionais que precisam de proteção para continuar existindo.

Fala sobre cidadãos que precisam de proteção para continuar existindo.

A imagem desses cidadãos não pode ser associada a outras tragédias humanas, porque elas são únicas e incomparáveis.

Não se explica a situação dos yanomami pelo Holocausto.  Explica-se por ações e omissões, e mentalidades que, em diferentes épocas e diferentes motivos, negam às pessoas o direito de ter direitos.

O infame 8 de janeiro de 2023

 Essa foi a data em que cidadãos brasileiros tentaram um golpe de Estado, e praticaram atos de terrorismo contra os três Poderes da República.

A democracia, e o patrimônio democrático, precisam ser preservados todos os dias.  

Os danos físicos causados pelo vandalismo são irreparáveis.  Os palácios da República, e os bens móveis que neles há, são patrimônio cultural do Brasil e da Humanidade.

Muitas obras de arte foram danificadas e uma delas, um quadro do famoso pintor Di Cavalcanti, foi perfurado pela ignorância sete vezes, o que me lembrou o poema de Vinicius de Moraes:

Amigo Di Cavalcanti 
A hora é grave e 
inconstante. 
Tudo aquilo que prezamos 
O povo, a arte, a cultura 
Vemos sendo desfigurado 
Pelos homens do passado 
Que por terror ao futuro 
Optaram pela tortura. 
Poeta Di Cavalcanti 
Nossas coisas bem-amadas 
Neste mesmo exato instante 
Estão sendo desfiguradas. 
Hay que luchar, Cavalcanti 
Como diria Neruda. 

O Poetinha profetizou.

"Invasão do Capitólio" no Brasil - 8 de janeiro de 2023

Enquanto escrevo este post para registrar na memória, acompanho as notícias desse 8 de janeiro em que houve a "Invasão do Capitólio" no Brasil, uma imitação ou homenagem aos fatos que aconteceram em 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos.

Há semelhanças, mas também diferenças notáveis:

1. Nos Estados Unidos, os terroristas e vândalos invadiram a sede do Poder Legislativo. Aqui no Brasil, invadiram as sedes dos três Poderes da República: o Palácio do Planalto (Executivo), o Palácio do STF e o Congresso Nacional.

2. Brasília, o Distrito Federal e capital da República, é patrimônio da Humanidade.  Os imóveis depredados são tombados em nível federal e danificá-los é crime ambiental.

3. A consequência foi a decretação de intervenção federal para recomposição da ordem pública.

As consequências dos atos de vandalismo vão durar anos e custar milhões.  Algumas perdas serão irreparáveis.  Esse post continuará registrando tudo que virá.

Ano Novo, e novos projetos

 Feliz 2023!

Nós todos passamos por situações difíceis nos últimos anos. A pandemia nos afetou a todos, de formas diferentes, mas também trouxe muitas lições.

Por causa da pandemia resolvi retomar alguns projetos e fazer coisas que nunca havia tentado.  Iniciei aulas de canto (sou péssima, mas isso não importa), uma nova arte marcial interessante, e retomei o livro que estou escrevendo há muitos anos.

Os planos para 2023 são continuar fazendo o que está dando certo, terminar o meu livro, e começar algum tipo de trabalho voluntário.  Também estou tentando aprender a cantar como um theremin.

Observem, não é cantar com um theremin.  É cantar como um theremin.  Não sabem o que é esse instrumento? O vídeo abaixo explica:

https://www.youtube.com/watch?v=MJACNHHuGp0

Sejamos felizes em 2023.