Tempos emocionantes e extremos esses que vivemos. A História está sendo escrita com tintas fortes todos os dias.
Já pararam para pensar apenas no que aconteceu na última semana?
Fechamento do Parlamento na Inglaterra por causa do Brexit, a globalização e mercados globalizados discutindo a Amazônia, e questões ambientais viraram a ordem do dia, Argentina, Paraguai, guerra comercial dos Estados Unidos e China.
😕
Quando a gente estuda essas coisas na escola, geralmente os livros de História organizam a bagunça em capítulos, em sequencia lógica, criando uma narrativa que faça sentido. E agora?
De tão rápida, mais parece uma história do futuro.
O brasileiro não tem memória.
Neste blog desmascaramos esta mentira.
Neste blog desmascaramos esta mentira.
quinta-feira, 29 de agosto de 2019
terça-feira, 27 de agosto de 2019
Ética da memória
Observe em volta e lembre.
Aprenda.
Melhore.
Observe o lugar e a época.
Lembre.
Aprenda.
Ensine.
Aprenda.
Melhore.
Observe o lugar e a época.
Lembre.
Aprenda.
Ensine.
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Direito à memória coletiva
domingo, 25 de agosto de 2019
Parabéns, Mateus!
Parabéns, querido. Encontrei uma foto sua, um flagrante de você tirando uma casquinha do seu bolo de aniversário:
Aliás, nesse aniversário todo mundo colocou o dedinho no bolo:
É, parece que essa é mais uma tradição da nossa família. Apenas para pontuar, quando eu fiz dez anos, sua vovó fez dois bolos de aniversário para mim, e um deles foi para que eu pudesse enfiar a cara porque sempre achei legal quando via na televisão.
Um lembrança ótima de você e de mim quase da sua idade. Felicidades!
PS:
Mateus |
Aliás, nesse aniversário todo mundo colocou o dedinho no bolo:
Todo mundo tirando uma casquinha do bolo |
Um lembrança ótima de você e de mim quase da sua idade. Felicidades!
PS:
Benjamin juntando-se ao grupo |
Tradição mantida |
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
Produtos centenários (5)
Nossa preferência de sempre, os produtos centenários:
Vejamos outros produtos em uso no momento:
Azeite Galo, com o rótulo comemorativo de 100 anos |
Coca-Cola com a palavra mágica "original" e a data 1886 |
Meu chá da semana |
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
Patrimônio cultural familiar (5): as comemorações e rituais familiares
Famílias não são apenas afetos e desafetos entre pessoas. São estruturas que permitem a criação, manutenção e transmissão de modos de viver, fazeres e saberes.
As famílias, como qualquer outro grupo, também têm a sua identidade e o seu patrimônio cultural. A herança de uma família vai além dos meros bens econômicos: há todo um acervo de valores imateriais e culturais transmitidos através das gerações. Refletimos sobre aspectos desse importante acervo nos posts http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2015/08/patrimonio-cultural-familiar.html, http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2017/04/patrimonio-cultural-familiar-2-arte-de.html e https://direitoamemoria.blogspot.com.br/2017/05/patrimonio-cultural-familiar-3.html?m=0, http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/12/patrimonio-cultural-familiar-4-os-fatos.html
Essa herança, que vai além dos meros bens econômicos, confere identidade e sensação de pertencimento. Os conhecimentos e valores (culturais e morais) são o quadro no âmbito do qual desenvolvemos a nossa personalidade, e sentimos a sua continuidade através da estreita relação com a memória dos antepassados e a convivência com os contemporâneos.
As comemorações familiares são oportunidades para, através do encontro dos membros, reforçar laços e reafirmar valores comuns.
Algumas são de caráter solene e dramático como os velórios e funerais. Essa é uma ocasião muito importante para a família porque reafirma a sua continuidade a despeito da perda de membros, e garante a permanência desses membros falecidos com o status de antepassados.
Algumas são de caráter festivo, como aniversários, Natal e Ano Novo, e a forma como cada família celebra essas datas pode explicar muito da dinâmica de poder, das visões de mundo, dos valores comuns e dos padrões estéticos.
A extensão da festa também é interessante de ser analisada. A família do meu marido promove um festival a cada dois anos, em que se reunem todos os membros. Uma multidão de tios, tias, primos, primas que estão espalhados pelo território nacional e cuja comunidade ultrapassa as fronteiras de municípios, Estados e regiões.
A minha família, o núcleo familiar próximo, é pequena: somos quinze pessoas, dois cachorros e quatro gatos. Em ocasiões realmente festivas conseguimos nos reunir para conversar e comer, com uma trilha sonora sempre presente.
Os recém-chegados relatam a sua impressão, o que é bem interessante para nos conhecermos. Basicamente, a palavra usada para descrever é caos, apesar de não serem servidas bebidas alcoólicas. A bebida mais frequente é suco de maracujá, que deveria acalmar a todos, mas até o momento isso não foi relatado.
Há algumas coisas que sonhamos fazer mas nunca conseguiremos: formar uma banda. A dificuldade reside em uma tendência anárquica de que cada um só toca o que deseja. Não acreditamos em harmonia.
O nosso ritual deve ser olhado com desprezo por outros rituais familiares adequados. Não há uma hora específica para comer, nem palavras rituais. Estar ali é o suficiente, vendo as pessoas e conversando com elas, principalmente sobre arte, Arqueologia e História, e lembrando dos antepassados.
Às vezes transformamos essas conversas em expedições:http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/12/pedra-do-inga-sitio-arqueologico-de.html. Já há alguns projetos, como buscar a cidade perdida da Serra do Sincorá (http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/05/arqueologia-fascinante-4-cidade-perdida.html). Veremos.
Às vezes transformamos essas conversas em expedições:http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/12/pedra-do-inga-sitio-arqueologico-de.html. Já há alguns projetos, como buscar a cidade perdida da Serra do Sincorá (http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/05/arqueologia-fascinante-4-cidade-perdida.html). Veremos.
Esse é o nosso modo de viver e sentir, nossa identidade: nos juntamos, comemos, conversamos vários assuntos ao mesmo tempo, alguns tocam e outros cantam o que aprouver, comemos de novo, gostamos de estar ali nos vendo e depois voltamos para casa.
Só para finalizar, há um detalhe que as pessoas acham esquisito na minha pequena família e acho que isso é uma particularidade: nós não fazemos visitas. Não nos visitamos, e não visitamos outras pessoas. Isso é estranho?
sábado, 17 de agosto de 2019
Resgatando xigamentos antigos (25) ...Fescenino
"Fescenino"expõe aquilo que é licencioso, difamatório e devasso.
Gosto muito dessa palavra porque ela tem um sabor italiano. Fescenino parece um tipo de massa que a gente pediria em uma trattoria, ou um bom sorvete.
Modo de usar: "Nada saía da sua boca que não fosse injúria, ódio ou devassidão. A sua vida fescenina dava o tom do seu caráter vulgar e da sua podridão."
Gosto muito dessa palavra porque ela tem um sabor italiano. Fescenino parece um tipo de massa que a gente pediria em uma trattoria, ou um bom sorvete.
Modo de usar: "Nada saía da sua boca que não fosse injúria, ódio ou devassidão. A sua vida fescenina dava o tom do seu caráter vulgar e da sua podridão."
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
#TBT
Throwback Thursday, que seja. Um ótimo exercício para relembrar e reviver, na quinta-feira, na Flashback Friday ou Wayback Wednesday, e qualquer dia da semana.
terça-feira, 13 de agosto de 2019
Em direção ao passado
domingo, 11 de agosto de 2019
Modo de fazer de Fabiana (1)
Um modo de fazer que constrói saberes.
Gosto de estudar e faço isso do meu jeito. Um jeito construído ao longo dos anos e que funciona para mim quando abordo fontes bibliográficas:
Esse foi o último livro que eu li, garimpado durante as férias em Portugal (julho de 2019): RAIMUNDO, Filipa. Ditadura e Democracia - legados da memória. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2018.
Ler, fazer o fichamento crítico ( em fichas pautadas, por favor). Cada ficha é arquivada em um envelope com os dados do livro, assim evitamos grampos e clips que acabam manchando as fichas.
Cada livro recebe um registro em uma fichinha menor que também irá para o arquivo de ficha de livros. Estou começando agora o procedimento de registrar meus livros em um aplicativo, que permite a consulta através de códigos de barra.
Quando eu conseguir organizar a minha biblioteca, o que não é fácil e exige muita serenidade (http://direitoamemoria.blogspot.com/2011/09/serenidade.html), vou fazer um blog com os meus livros, falando um pouco sobre cada um deles.
No fim do processo, o livro irá para a estante obedecendo supostamente à ordem alfabética por sobrenome do autor. Supostamente porque os meus critérios organizacionais mudaram ao longo do tempo, já tentei fazer por tema, paixões, ódios. Já tentei aumentar o diálogo entre autores juntando obras de universos totalmente distintos, e é por isso que o Martelo das Feiticeiras está ao lado da Capoeira Angola na Bahia na minha estante.
Fazia sentido na época, mas acho que vou precisar uniformizar critérios de modo a que essa organização faça sentido também para outras pessoas.
No fim do processo tenho duas fichas arquivadas, um livro em algum lugar na estante, e mais informação que será transformada em conhecimento.
Passei muitos anos como professora de metodologia da pesquisa, e sempre que ia falar sobre fichamento, levava alguns exemplos. Fazia a comparação das minhas fichas iniciais e as minhas fichas atuais, para mostrar aos alunos que a técnica é dinâmica e cada um desenvolverá o seu próprio processo.
Nos últimos tempos, percebi a surpresa dos alunos porque eu "ainda" uso fichas pautadas. Por que a senhora não faz fichamento no computador?
- Não. Vou continuar fichando em papel porque a escrita é uma conquista milenar da Humanidade, e porque me garante a durabilidade que não depende de energia elétrica. Se faltar luz ou bateria não vou poder fichar?
É fichando em papel que eu consigo finalizar minhas canetas esferográficas, o que é uma conquista pessoal importante (http://direitoamemoria.blogspot.com/2012/07/a-primeira-esferografica-finalizada.html).
E escrever ajuda a registrar melhor as informações. É bom para a memória, então, eu faço.
Esse é o meu jeito, a minha tecnologia.
E sobre o livro fichado referido neste post? É um pequeno texto, muito interessante e geral sobre como Portugal lidou com o seu passado autoritário, considerando o Estado Novo (1933-1974), o legado de Salazar e as estratégias transicionais adotadas.
Gosto de estudar e faço isso do meu jeito. Um jeito construído ao longo dos anos e que funciona para mim quando abordo fontes bibliográficas:
Meu jeito |
Esse foi o último livro que eu li, garimpado durante as férias em Portugal (julho de 2019): RAIMUNDO, Filipa. Ditadura e Democracia - legados da memória. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2018.
Ler, fazer o fichamento crítico ( em fichas pautadas, por favor). Cada ficha é arquivada em um envelope com os dados do livro, assim evitamos grampos e clips que acabam manchando as fichas.
Cada livro recebe um registro em uma fichinha menor que também irá para o arquivo de ficha de livros. Estou começando agora o procedimento de registrar meus livros em um aplicativo, que permite a consulta através de códigos de barra.
Quando eu conseguir organizar a minha biblioteca, o que não é fácil e exige muita serenidade (http://direitoamemoria.blogspot.com/2011/09/serenidade.html), vou fazer um blog com os meus livros, falando um pouco sobre cada um deles.
No fim do processo, o livro irá para a estante obedecendo supostamente à ordem alfabética por sobrenome do autor. Supostamente porque os meus critérios organizacionais mudaram ao longo do tempo, já tentei fazer por tema, paixões, ódios. Já tentei aumentar o diálogo entre autores juntando obras de universos totalmente distintos, e é por isso que o Martelo das Feiticeiras está ao lado da Capoeira Angola na Bahia na minha estante.
Fazia sentido na época, mas acho que vou precisar uniformizar critérios de modo a que essa organização faça sentido também para outras pessoas.
Fim do processo |
Passei muitos anos como professora de metodologia da pesquisa, e sempre que ia falar sobre fichamento, levava alguns exemplos. Fazia a comparação das minhas fichas iniciais e as minhas fichas atuais, para mostrar aos alunos que a técnica é dinâmica e cada um desenvolverá o seu próprio processo.
Nos últimos tempos, percebi a surpresa dos alunos porque eu "ainda" uso fichas pautadas. Por que a senhora não faz fichamento no computador?
- Não. Vou continuar fichando em papel porque a escrita é uma conquista milenar da Humanidade, e porque me garante a durabilidade que não depende de energia elétrica. Se faltar luz ou bateria não vou poder fichar?
É fichando em papel que eu consigo finalizar minhas canetas esferográficas, o que é uma conquista pessoal importante (http://direitoamemoria.blogspot.com/2012/07/a-primeira-esferografica-finalizada.html).
E escrever ajuda a registrar melhor as informações. É bom para a memória, então, eu faço.
Esse é o meu jeito, a minha tecnologia.
E sobre o livro fichado referido neste post? É um pequeno texto, muito interessante e geral sobre como Portugal lidou com o seu passado autoritário, considerando o Estado Novo (1933-1974), o legado de Salazar e as estratégias transicionais adotadas.
sexta-feira, 9 de agosto de 2019
Lendários de Tomar
Em Tomar, os templários sobreviveram para além da História, e viraram lenda.
Lendário |
Lendas vivas também comem |
Calçada templária |
quarta-feira, 7 de agosto de 2019
segunda-feira, 5 de agosto de 2019
Palácio da Pena - Sintra (2019)
"Valeu a pena? Tudo vale a pena, se a alma não é pequena", como diria Fernando Pessoa e eu pensava, enquanto esperava uma hora e meia para entrar no Palácio da Pena, em Sintra.
O palácio vale.
Mas tenho que dizer que a forma como a visitação é feita não o valoriza em absoluto. Não é pelo incômodo das filas, do engarrafamento, mas pelo percurso no interior do monumento que não permite ao visitante deter-se em nada.
Algumas peças chamaram a minha atenção, mas não pude dar-lhes um segundo olhar, nem mesmo deter-me um pouquinho para observá-las e lembrar depois. A massa de gente, aquela procissão através de cômodos e mobília real, empurra a sua curiosidade para longe e não deixa apreciar a visita.
Muita espera - para chegar, para comprar o ingresso, para entrar - e uma visitação que não permite conhecer o lindo monumento e guardar lembranças.
Uma pena.
Pagando a pena |
Paisagem do tipo "mar de nucas" |
longa fila ao ar livre |
longa fila em recinto fechado |
O palácio vale.
Mas tenho que dizer que a forma como a visitação é feita não o valoriza em absoluto. Não é pelo incômodo das filas, do engarrafamento, mas pelo percurso no interior do monumento que não permite ao visitante deter-se em nada.
Algumas peças chamaram a minha atenção, mas não pude dar-lhes um segundo olhar, nem mesmo deter-me um pouquinho para observá-las e lembrar depois. A massa de gente, aquela procissão através de cômodos e mobília real, empurra a sua curiosidade para longe e não deixa apreciar a visita.
Muita espera - para chegar, para comprar o ingresso, para entrar - e uma visitação que não permite conhecer o lindo monumento e guardar lembranças.
Uma pena.
sábado, 3 de agosto de 2019
quinta-feira, 1 de agosto de 2019
Identidade peregrina
Identificar-se é uma forma de reconhecimento, de familiaridade. A comunhão de experiências e de valores permite compreender até mesmo pessoas que não conhecemos, mas reconhecemos.
Existe uma comunidade dos peregrinos a Santiago, sem dúvida. E esse sentimento comunitário me fez conversar com desconhecido, que para mim não era estranho, só porque identifiquei os traços do peregrino.
Trocamos informações, cumprimentos, lembranças. Fiquei feliz por ele estar percorrendo o Caminho novamente, o que vem fazendo desde 2004, desejei-lhe sorte, saúde, felicidades e um buen Camino.
Não perguntei o nome, isso não é importante, e o incluí em minhas orações.
Existe uma comunidade dos peregrinos a Santiago, sem dúvida. E esse sentimento comunitário me fez conversar com desconhecido, que para mim não era estranho, só porque identifiquei os traços do peregrino.
Trocamos informações, cumprimentos, lembranças. Fiquei feliz por ele estar percorrendo o Caminho novamente, o que vem fazendo desde 2004, desejei-lhe sorte, saúde, felicidades e um buen Camino.
Não perguntei o nome, isso não é importante, e o incluí em minhas orações.
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