O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Novo livro de Fabiana (2024)

 Lançado hoje pela Juruá Editora:


novo livro de Fabiana Dantas 2024



Esse livro foi escrito em homenagem à Profa. Dra. Maria Bernadete Neves Pedrosa, minha professora de Teoria Geral do Estado, falecida em 2013.

Em 2023 completou-se 25 anos da minha formatura em Direito, e a professora marcou profundamente a nossa turma.  Ela ministrou a nossa primeira e última aulas da Graduação em Direito, e eu pensei que seria bom marcar essas datas - 25 anos desde a última aula que tivemos com ela e 10 anos do seu falecimento - com essa lembrança singela em forma de livro.

Muito obrigada, professora.


segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

sábado, 13 de janeiro de 2024

Arqueologia fascinante (10): o passado infinito

Todo dia uma descoberta incrível no mundo da Arqueologia por causa das novas tecnologias. Se antes era o tempo das descobertas isoladas, agora encontram cidades inteiras:

https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2024/01/12/cidades-de-2500-anos-sao-descobertas-na-amazonia.ghtml

Lidar, eu te amo.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Diálogo Surreal (17): Sobre ter e manter sonhos

Para os efeitos desse post, um sonho é um pão frito com creme de pasteleiro dentro.

Existem também sonhos de goiabada, mas a política deste blog é não prestar atenção neles.

Pois bem, hoje me dei ao desfrute de ir comer sonhos pela manhã, foi quando aconteceu mais esse diálogo surreal na minha vida:

- Bom dia!  (Essa sou eu, feliz por apenas estar em uma padaria, sentindo aquele cheiro maravilhoso de pão quentinho prestes a ser sacrificado).

- Bom dia.

- Moço, esse sonho é de hoje?

- Não.

- Tudo bem, sonho de ontem também é bom.  Por favor, eu quero os três.

- Não.  Esses eu não posso vender.

- Por que, já estão vendidos?

- Não, porque são de ontem.

- Veja, ontem é um passado recente.  Sonhos não morrem.

Ele já havia negado três vezes, levantou a cabeça e olhou-me nos olhos, antes de falar calmamente:

- Não posso vender porque esses  sonhos são para descarte.  A manipulação dos ingredientes reduz a vida útil do que já é perecível, então não são mais adequados para o consumo.

- Mas estão  tão lindos... (Essa sou eu, quase chorando ao pensar em sonhos desperdiçados).  Eu não me importo!

- E ele, como uma navalha de sonhos, disse: Pois devia. Próximo!

Fiquei arrasada, jurei que não ia voltar naquela padaria hoje, e não adiantou o padeiro tentar me consolar dizendo que mais tarde haveria sonhos novinhos.  Uma fornada só para mim.

Tudo foi arruinado hoje às 6:30, meus sonhos e minha relação com o padeiro.  Ele vai ter que se esforçar muito, colocar o triplo de recheio nos sonhos para poder voltar às boas comigo.



terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Comemoração do 8 de janeiro - Ato Democracia Inabalada (2024)

Comemorar significa lembrar juntos, e nem sempre possui um caráter festivo.

8 de janeiro  foi o dia de lembrarmos juntos dos atos que arriscaram a institucionalidade do Estado Brasileiro, onde um ataque físico - e simbólico - aos edifícios que sediam os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário na Capital da República, pretendiam o colapso institucional, o caos e a subversão da ordem pública.

As principais autoridades da República uniram-se para declarar a importância da defesa do Estado de Direito e do regime democrático no dia 8 de Janeiro.

As ausências também foram observadas.  Algumas autoridades ausentes ao ato forneceram justificações, e outras apenas o consideraram ridículo, ou porque acreditam que não houve tentativa de golpe (rotulando como fantasia), ou porque apoiaram a tentativa de golpe.

E assim vai sendo construída a trama do tecido da memória coletiva.  Ponto por ponto, batalha por batalha, marcas e cicatrizes.

Bem, o 8 de janeiro e suas consequências não se encerram.  Ainda há muito a investigar, definir, eventualmente punir, aprimorar as leis, evitar novos ataques  para fortalecer a institucionalidade da República Federativa do Brasil.

O cupim que corrói as instituições assume formas diversas, em épocas diversas.  No terceiro milênio fala-se sobre a desinformação propagada pelas redes sociais que deturpa a vontade do eleitor e escraviza corações e mentes.

Mas há outras formas de cupins que precisam ser igualmente combatidas.  Tudo que rivalize com o poder do Estado deve ser observado com lupa nesses momentos de crise, especialmente ideologias extremistas que contaminam a estrutura administrativa do Estado, e grupos paramilitares.

Um novo levante, mais bem articulado, pode ser fatal para a República Federativa do Brasil e o 8 de janeiro é uma oportunidade de periodicamente trazermos essa reflexão ao público.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

8 de janeiro de 2024

 A missão desse blog é lembrar, e lembramos de 8 de janeiro todos os dias, todos os meses desde a última tentativa de golpe no Brasil:

https://direitoamemoria.blogspot.com/2023/01/o-infame-8-de-janeiro-de-2023.html

https://direitoamemoria.blogspot.com/2023/02/todo-dia-8-de-janeiro.html

https://direitoamemoria.blogspot.com/2023/04/lembrar-o-dia-8-de-janeiro-de-2023.html

Neste caso há o dever cívico de entender, lembrar, prevenir e reagir. A democracia brasileira, jovem e em construção, precisa ser protegida porque não há regime melhor. 

As alternativas à democracia que a nossa sociedade experimentou foram traumas, e até hoje a nossa memória coletiva é contaminada pela mentalidade autoritária que usa o caos para prevalecer.

A bandeira brasileira traz duas palavras - ordem e progresso - que são estágios do desenvolvimento social.

A ordem pública é basilar, sem ela nenhuma organização é possível.  Quem perverte a ordem pública, sob qualquer pretexto, tem como objeto arruinar a institucionalidade do Estado Brasileiro.

O progresso aqui é bem lento, como provam a nossa história e os índices inaceitáveis de miséria e homicídios, só para ficar em dois dos direitos fundamentais que são diariamente aviltados.

A lição de que a tomada hostil do poder não é aceitável deve ser aprendida para fortalecer as instituições, o seu poder de reação e para preservar o Estado.

E construir um patrimônio democrático que nos sirva veículo para as ideias e valores que preservam o Estado e a estabilidade.  Essa seria uma grande inovação na nossa História e talvez seja o maior dos legados dessa data.