O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Produtos centenários (8)

 Nossa preferência de sempre, como destacamos nos posts:



Manteiga centenária preferida



Uso curativos do Laboratório Mercurochrome porque é uma empresa fundada em 1917 e também porque me lembra a minha vovó Aline (http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/04/retrato-de-vovo-aline-quando-jovem.html).

Toda vez que eu me machucava, vovó corria no armário para pegar o mercúrio cromo, que além de antisséptico também devia ser uma espécie de panacéia.  Essa substância acabou por ser proibida e não é mais comercializada no Brasil.

Para  a minha vovó "mercúrio cromo" é um gênero de antisséptico, e por isso ela chamava outros remédios por esse nome, quando na verdade ela usava "elixir sanativo", um produto tradicional da minha região e mais que centenário, com a grande diferença de que era muito, mas muito mais ardido.

Em se tratando de machucados da infância, nós usávamos raramente a novidade merthiolate (de 1951), e mais frequentemente o mercúrio cromo e o elixir sanativo (de 1888), tradição essa repassada às novas gerações.


domingo, 21 de fevereiro de 2021

Memória poética de carnaval - Cidade Elétrica

 "Cidade elétrica" (Manno Goés)

Em nossa cidade tem mais poetas e artistas
Que pedras portuguesas
Pra cada dia um santo, um manto
Para cada esquina, um canto
Milhões de ampéres movidos a carvão e paixão
Minha cidade é maravilhosa
Minha cidade é elétrica
Fibra lúdica
Energia solar
Festa histórica
Ótica da crença
Tudo aqui tá ligado
Aqui tudo é dança
Fevereiro apaixonado
Tudo aqui balança
Chuveiro de água benta pra lavagem de escada
Alma lavada de fé
Um choque de alegria
Na força da fantasia
Axé, axé, axé
Cidade elétrica
Cidade elétrica
Nova, antiga, ginga, toca, liga, liga, liga
Cidade elétrica, cidade elétrica
Usina de emoção
Plug, poesia e canção
Na estética
Na prática
Na mágica
Na corrente do coração

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Quando o carnaval está chegando a gente consegue sentir a energia sobre a qual essa música fala.  Fica todo mundo meio elétrico e com vontade de pular. Tudo aqui balança.

Infelizmente, 2021 não nos permitiu essa alegria em fevereiro.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Pulando o carnaval 2021

Esse carnaval não contou.


Carnaval 2021

 

Vamos para o próximo.


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Ps: observando a foto acima, percebo que há um padrão nas minhas festividades na pandemia (https://direitoamemoria.blogspot.com/2021/01/impressoes-da-pandemia-2020-2021-volume.html).  Há sempre vinho verde e batata frita envolvidos.  Acho que é assim que começam as tradições.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Carnaval 2022

Começou hoje, dia 17/02,  quarta-feira de cinzas do carnaval que não houve em 2021.

Espero que no próximo ano o carnaval seja épico e inesquecível.

Espero que no próximo ano o carnaval seja a melhor memória de alguém.

Lembrar os carnavais da vida é uma experiência profunda de alegria e nostalgia.  Eu vivi muitos carnavais e tenho memórias incríveis, mas o mais inesquecível foi o carnaval de 1991: a vida em volume máximo como deve ser.

A quarta-feira de cinzas tradicionalmente é chamada de "ingrata", mas não nesse ano.  Ela é o  primeiro passo do melhor carnaval da História.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Mardi Gras 2021

 A primeira vez na História em que um faraó fez faxina.


Faráo 2021

E isso foi documentado.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Fantasia sobre a face materna

Esse ano não tem carnaval, mas eu fiz uma fantasia para a minha mãe.


Mamãe no carnaval

Carnavalizei essa foto dela (https://direitoamemoria.blogspot.com/2020/05/mamaezinha.html) para ficar bem colorida e cheia de brilho dourado, como ela gosta.


sábado, 13 de fevereiro de 2021

Carnaval 2021

Começa hoje, sábado de Zé Pereira, dia 13/02/2021, e a terça-feira gorda (Mardi Gras) será 16/02/2021.

Esse não será um carnaval qualquer, como refletimos no post https://direitoamemoria.blogspot.com/2020/06/um-carnaval-qualquer.html.  Nós vamos ter que aprender a brincar e a exercer a liberdade criativa sem perder o foco na proteção da vida e da saúde das pessoas, e com respeito a todos aqueles que estão sofrendo nesse momento, em todos os cantos do planeta.

O carnaval amadureceu e se tornou responsável, o que parece ser uma antítese, mas não é.  O importante é crescer e mudar sem perder a identidade.

Acredito que neste carnaval vamos conseguir separar o essencial do acessório, o principal e o secundário, e tenho a esperança que isso vai nos ajudar a fazer um carnaval em 2022 muito melhor. E quando eu falo "melhor" significa completamente amalucado.

Em 2021 vamos comemorar o carnaval por princípio, e começar a planejar o carnaval de 2022 , que será épico. Em dobro, visceral e inesquecível.

Saudades de aglomerar, né minha filha?  



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Formas de lembrar (24): um grito

 Toca Raul!

Para saber um pouco sobre esse grito de memória, cf. http://direitoamemoria.blogspot.com/2012/07/lembrar-raul-seixas.html

Eu coleciono relógios de sol, livros, cornucópias, xingamentos antigos e  formas de lembrar. A lembrança às vezes aparece das maneiras mais interessantes:

1) Um anúncio no jornal: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/04/formas-de-lembrar-1-o-anuncio-no-jornal.html

2) Um sinal nos céus: https://direitoamemoria.blogspot.com/2017/04/formas-de-lembrar-2-um-sinal-nos-ceus.html?m=1

3) Um doce que vale uma lembrança: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2017/04/formas-de-lembrar-3-brigadeiro.html

4) Uma canção: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/04/formas-de-lembrar-4-uma-cancao.html

5) Nomear em homenagem: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/04/formas-de-lembrar-5-nomear-em-homenagem.html

6) Dançar em memória: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/05/formas-de-lembrar-6-dancar-em-memoria.html

7) Andar em memória: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/09/formas-de-lembrar-7-andar-em-memoria.html

8) Malhar em memória: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/09/formas-de-lembrar-8-malhar-em-memoria.html

9) Fazer listas: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/11/formas-de-lembrar-9-fazer-listas.html

10) Gravar e repetir: http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/02/formas-de-lembrar-10-gravar-e-repetir.html?m=0

11) Uma placa: http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/02/formas-de-lembrar-11-uma-placa.html

12) Cédulas e moedas: https://direitoamemoria.blogspot.com/2018/04/formas-de-lembrar-11-cedulas-e-moedas.html?m=0

13) Ex-votos: https://direitoamemoria.blogspot.com/2018/11/formas-de-lembrar-13-ex-votos.html?m=0

14) Lembrar caminhando: http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/11/formas-de-lembrar-14-caminhando-e.html

15) Um brinde: http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/12/formas-de-lembrar-15-um-brinde.html

16) Uma bicicleta: https://direitoamemoria.blogspot.com/2019/01/formas-de-lembrar-16-uma-bicicleta.html

17) Um chocolate: https://direitoamemoria.blogspot.com/2019/02/formas-de-lembrar-17-um-chocolate.html

18) Uma estrela: https://direitoamemoria.blogspot.com/2019/11/formas-de-lembrar-uma-estrela.html

19) Uma noite: http://direitoamemoria.blogspot.com/2019/11/formas-de-lembrar-18-uma-noite.html

20) Relembrar, ou lembrar de lembrar: https://direitoamemoria.blogspot.com/2019/11/formas-de-lembrar-20-relembrar.html

21) Uma flor: https://direitoamemoria.blogspot.com/2020/04/formas-de-lembrar-21-uma-flor.html

22) Uma live para lembrar Andre Matos: https://direitoamemoria.blogspot.com/2020/09/formas-de-lembrar-22-uma-live.html

23) Uma colcha de retalhos, metáfora perfeita para a memória: https://direitoamemoria.blogspot.com/2020/09/formas-de-lembrar-23-colcha-de-retalhos.html

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

#TBT (2)

Throwback Thursday, que seja.

Um ótimo exercício para relembrar e reviver, na quinta-feira, na Flashback Friday ou Wayback Wednesday, e qualquer dia da semana, como citamos no post  http://direitoamemoria.blogspot.com/2019/08/tbt.html.

Hoje, lembro da Fabianinha de 32 anos atrás, tão bonitinha tocando piano:


Fabiana bonitinha

Quem me via tão prendada, tocando piano como convinha às mocinhas, nem podia imaginar que eu estava muito incomodada com esse penteado tão composto (até com laço de fita na cabeça!) e com o vestido com saia rodada e mangas bufantes, que foram abolidos definitivamente da minha vida logo depois dessa fotografia, o que a torna um documento histórico.

Às vezes fico melancólica pensando que eu poderia ter sido, ao longo da vida, uma evolução dessa menina bonitinha, delicada e meiga.  

Não deu.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Impressões da pandemia 2020 (2021): volume 5

 Essa série  é um registro para a Fabiana do futuro lembrar dos detalhes da vida durante a pandemia.

No volume 1 refleti sobre como a pandemia me fez conhecer a minha cozinha, de forma literal e metafórica, pela necessidade de aprender a cozinhar, em um processo que durou meses mas ao qual sobrevivi e evoluí de maneiras inesperadas.

No volume 2 concluí que a pandemia me ensinou a  lição indelével da  adaptação e resiliência, além de trazer clareza para o meu modo peculiar  de fazer e sentir, um tipo de iluminação que os eremitas medievais e reclusos em geral buscam e alcançam voluntariamente, o que definitivamente não foi o meu caso.

No volume 3 constatei que o isolamento ajudou a aprofundar e aperfeiçoar algumas características pessoais, trouxe amadurecimento mas o sentido das festividades foi definitivamente alterado para mim. Estar junto agora possui um significado totalmente diferente, e não depende mais da presença física e nem de ocasiões especiais.

No volume 4 percebi que o isolamento destilou alguns traços da minha personalidade.  Sou eu em uma versão pós-apocalíptica, reflexiva e com menos habilidades sociais.

A chegada da vacina trouxe uma sensação de que a pandemia está acabando.  É uma situação diferente de outubro de 2020, em que ela estava desaparecendo porque as pessoas a estavam esquecendo, pois agora há a expectativa de que a vacina contribua para prevenir ou mitigar os efeitos das infecções pelo coronavirus.

O que vou lembrar dessa época?

Que há pessoas ansiosas pela vacina e outras que se recusam a tomá-la. Há pessoas que não acreditam no coronavirus, como se isso fizesse alguma diferença.

Que há uma grande quantidade de informação e desinformação sobre o que é e o que não é vacina. A maioria das pessoas não faz idéia de como se faz uma vacina ou de como ela funciona, e isso dá ensejo à criação de medos, lendas e até tentativas de reeditar a Revolta da Vacina (https://direitoamemoria.blogspot.com/2014/06/revolta-da-vacina-fundamento-legal.html).

Algumas maluquices que eu escutei parecem equiparar a vacina ao arco-íris (ou arco da velha http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/03/arco-da-velha.html  ) nas lendas, onde as pessoas que tomam podem até acabar virando o Ururau (http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/06/a-lenda-do-ururau.html).

Estou aguardando a minha vez para tomá-la, e no momento estou ansiosa pelo futuro.