O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Número 1

Sempre fiquei fascinada com a obsessão de Tio Patinhas com a moedinha n. 1 dele (cf. https://direitoamemoria.blogspot.com/2015/05/fetiche-do-principio.html)

A origem de toda a fortuna. O talismã, o princípio, o refúgio para retornar. O início mágico que molda o acerto do destino, porque o que começa errado termina errado.

Então o que começa certo tem que, necessariamente, continuar certo nessa lógica ingênua e consoladora.

Tudo isso para dizer que, finalmente, estou tentando organizar a minha biblioteca e, depois de tanto tempo, encontrei a minha moedinha n. 1, que deu origem a esse acúmulo maravilhoso, mas um tanto preocupante, de livros.

Eis o livro que deu início a tudo:






Esse foi o primeiro livro que eu comprei, mas não o primeiro livro que eu ganhei, o qual ainda estou procurando e certamente vou encontrar. 

Esse livro foi o primeiro ato consciente de adquirir um produto cultural e dele me apropriar, colocando o meu nome. Infelizmente não coloquei a data, mas me lembro do ano: 1986.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Voz

 Nesta data, há 16 anos, tive a oportunidade de ver e ouvir Mercedes Sosa cantar.



Inconfundível.

Inesquecível.

domingo, 24 de novembro de 2024

Divulgação - Return to Zanskar (documentário)

Assisti ao documentário da BBC, que fala sobre pessoas e tradições, e como uma nova estrada pode mudar mundos, nem sempre para melhor:




A sensação de perda que as mudanças às vezes carregam traz o senso de urgência em preservar. 

E o que se perde nesse caso? Um modo de vida tradicional, repleto de uma felicidade que o dinheiro não pode comprar.

O que se deve preservar?  O patrimônio imaterial de um modo de vida que foca na sensação de comunidade, na busca pelo sagrado e de uma felicidade além do material.

Esses são valores humanos cada vez mais difíceis de encontrar, e há que andar, e percorrer caminhos para vivê-los.


domingo, 3 de novembro de 2024

Obrigada, ENEM!

Hoje o Brasil parou para o concurso de ingresso dos candidatos às vagas na Universidade Pública.

Entrar no Ensino Superior é um grande marco na nossa vida, de ansiedade para os candidatos e também para nós, professores universitários que aguardamos ansiosamente a chegada das novas gerações.

Nesse dia lembro de uma Fabianinha fazendo a prova para entrar na Faculdade de Direito, e da redação que eu tive que escrever (https://direitoamemoria.blogspot.com/2017/05/memoria-poetica-belchior.html?m=0), que também falava sobre memória e ancestralidade.

Em 2024 o ENEM fez o Brasil parar para pensar sobre os "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil".  Com certeza, mais do que na prova, esse tema esteve nos lares brasileiros e provocou reflexão e discussão, como deve ser.

Tantos aspectos importantes podem ser destacados no desenvolvimento desse tema, e do meu ponto de vista o abordaria com uma visão patrimonial e memorial, usando-o como ferramenta para o combate o racismo estrutural e a intolerância em geral.

Obrigada, ENEM, por nos fazer pensar em nós mesmos, na sociedade brasileira,  que deve ser justa, fraterna e solidária, e refletir sobre a nossa memória coletiva na data de hoje.