Comecei a namorar o meu marido no dia 29 de fevereiro. É uma data muito especial, logo marca mais profundamente a memória, porque só acontece em anos bissextos, além de ser o mais próximo do "Dia de São Nunca" que alguém pode chegar.
Há também uma interessante tradição irlandesa - Leap Day ou Leap Year-que permite às mulheres fazer o pedido de casamento no dia 29 de fevereiro.
Lembro que há algum tempo assistia com o meu marido a uma comédia romântica que contava mais ou menos essa estória (o filme tem esse título "Leap Year), então aconteceu esse diálogo:
- Lembra que a gente começou a namorar em um dia 29 de fevereiro?
- Foi?
- Foi. É interessante, mas infelizmente a gente só pode comemorar a cada quatro anos.
- Ou não. A gente pode comemorar quando a gente quiser.
- Mas aí não está certo, e a comemoração acaba perdendo o sentido e a força simbólica.
- ... (Ele grunhiu, indicando que a temática acabou)
- Ia ser legal praticar essa tradição. Se eu fosse irlandesa, teria pedido você em casamento no dia 29 de fevereiro.
- Para fazer certo mesmo, você não devia considerar a data em que a gente começou a namorar, mas a data em que eu te conheci. Quando eu te vi pela primeira vez, tive certeza de que era o amor da minha vida, e que eu ia me casar com você. Eu te pedi em casamento naquele dia, só não disse nada.
Ainda tem pão?
E é assim que o romance do dia a dia acontece.
O brasileiro não tem memória.
Neste blog desmascaramos esta mentira.
Neste blog desmascaramos esta mentira.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
sábado, 27 de fevereiro de 2016
Benjamim
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Divulgação - Livro Sítios Arqueológicos Brasileiros (UNESCO) gratuito
Olha que legal: http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002335/233500m.pdf.
Destaque para a página 148, a "Pedra do Ingá", sítio arqueológico deslumbrante e um dos meus preferidos.
Destaque para a página 148, a "Pedra do Ingá", sítio arqueológico deslumbrante e um dos meus preferidos.
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Cornucópia (2)
Adoro cornucópias (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/03/cornucopia.html), e sempre que encontro alguma tento resgistrar na memória. Olha aí a última que encontrei:
Essa linda cornucópia está em uma mesa, incrustrada através da técnica "pietra dura", que eu acho deslumbrante. Para ver outros exemplos, basta colocar no Google imagens.
Cornucópia - Fotografia Marcelo Müller |
Essa linda cornucópia está em uma mesa, incrustrada através da técnica "pietra dura", que eu acho deslumbrante. Para ver outros exemplos, basta colocar no Google imagens.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Curando a memória coletiva (2): conclusão do show do Bataclan
Existem muitas formas de curar a memória coletiva, e começamos a discutir o assunto no post (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/02/curando-memoria-coletiva-postura-ativa.html).
Ontem, vi a notícia de que a banda Eagles of Death Metal realizou um show para os sobreviventes do ataque terrorista de novembro de 2015 em Paris (http://extra.globo.com/noticias/mundo/eagles-of-death-metal-faz-show-para-sobreviventes-do-ataque-ao-bataclan-18687267.html).
Além da oportunidade de comemorar a vida dos sobreviventes e a memória das vítimas, o show também significa simbolicamente o fechamento de uma pendência. Ontem aquele show interrompido terminou, e talvez as pessoas acrescentem uma memória positiva no longo caminho da superação do trauma.
Ontem, vi a notícia de que a banda Eagles of Death Metal realizou um show para os sobreviventes do ataque terrorista de novembro de 2015 em Paris (http://extra.globo.com/noticias/mundo/eagles-of-death-metal-faz-show-para-sobreviventes-do-ataque-ao-bataclan-18687267.html).
Além da oportunidade de comemorar a vida dos sobreviventes e a memória das vítimas, o show também significa simbolicamente o fechamento de uma pendência. Ontem aquele show interrompido terminou, e talvez as pessoas acrescentem uma memória positiva no longo caminho da superação do trauma.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Memória sonora: sons em risco de extinção
A memória sonora é muito interessante, e já demos o exemplo do fascinante pássaro lira (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/02/passaro-lira-e-memoria-sonora.html).
Agora, tomei conhecimento da iniciativa do sítio http://savethesounds.info/ que pretende, exatamente, preservar sons em risco de extinção. Legal!
Agora, tomei conhecimento da iniciativa do sítio http://savethesounds.info/ que pretende, exatamente, preservar sons em risco de extinção. Legal!
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Direito à memória coletiva
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Divulgação - Faça você mesmo um relógio de Sol
O interessantíssimo Museu de Astronomia e Ciências Afins promoverá uma oficina no dia 27/02 para ensinar a fazer relógios de sol (!): http://www.mast.br/faca_voce_mesmo_janela.html.
Não é segredo que eu adoro relógios de sol: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/09/relogios-1-relogio-de-sol-da-missao-de.html, http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/07/resgatando-conhecimentos-tradicionais-2.html, http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/11/relogios-2-relogio-de-sol-de-f-brennand.html.
Se houvera quem me ensinara, quem aprendia era eu.
Não é segredo que eu adoro relógios de sol: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/09/relogios-1-relogio-de-sol-da-missao-de.html, http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/07/resgatando-conhecimentos-tradicionais-2.html, http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/11/relogios-2-relogio-de-sol-de-f-brennand.html.
Se houvera quem me ensinara, quem aprendia era eu.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
Destruição de bens culturais como forma de arte?
Aproveitei esse carnaval de 2016, com toda a sua complexidade para a minha vida pessoal e da minha família, para estudar sobre bens culturais e sua preservação.
Deparei-me com a referência sobre o artista Ai Weiwei, que também discute a preservação/destruição de bens culturais através do seu trabalho artístico.
Na verdade, na exposição "Dropping Han Dynasty urn" (1995), ele derruba propositalmente antigas urnas chinesas verdadeiras no chão, e fotografa o ato. A dinastia Han é fixada em 206 a.C a 220 d.C, portanto, os objetos contavam com uns dois mil anos quando foram esfacelados.
Em outros trabalhos, pinta esses vasos com novas pinturas sobrepostas. A minha esperança é que fossem réplicas mas, não, eram bens autênticos.
Para ver uma análise do trabalho: https://www.youtube.com/watch?v=CbHRU9k2zNA.
Se a idéia da Arte é fazer refletir, incomodar, e fazer sofrer, acho que o artista conseguiu isso através do ato de aniquilar bens culturais milenares.
Além disso, é possível reconhecer direitos autorais morais e patrimoniais do autor por essa obra?
Deparei-me com a referência sobre o artista Ai Weiwei, que também discute a preservação/destruição de bens culturais através do seu trabalho artístico.
Na verdade, na exposição "Dropping Han Dynasty urn" (1995), ele derruba propositalmente antigas urnas chinesas verdadeiras no chão, e fotografa o ato. A dinastia Han é fixada em 206 a.C a 220 d.C, portanto, os objetos contavam com uns dois mil anos quando foram esfacelados.
Em outros trabalhos, pinta esses vasos com novas pinturas sobrepostas. A minha esperança é que fossem réplicas mas, não, eram bens autênticos.
Para ver uma análise do trabalho: https://www.youtube.com/watch?v=CbHRU9k2zNA.
Se a idéia da Arte é fazer refletir, incomodar, e fazer sofrer, acho que o artista conseguiu isso através do ato de aniquilar bens culturais milenares.
Além disso, é possível reconhecer direitos autorais morais e patrimoniais do autor por essa obra?
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