O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









terça-feira, 25 de maio de 2021

Noite 2



Estrelas caídas

Essa noite estava uma lindeza.

domingo, 23 de maio de 2021

Gol

 O Brasil é o país do futebol, que entre nós assume a face de patrimônio imaterial (http://direitoamemoria.blogspot.com/2011/07/memoria-brasileira-o-futebol-patrimonio.html), e disso ninguém duvida.

Quarta-feira e domingo são dias tradicionais de futebol. Os outros dias da semana são reservados para os amantes que praticam, jogam a sagrada pelada da sexta-feira, do sábado, até mesmo da segunda-feira, que estão suspensas em razão das medidas de enfrentamento contra o coronavirus.

Hoje, domingo no isolamento, não havia pessoas na rua.  Domingo é também tradicionalmente  um dia calmo, salvo durante o carnaval.  

E tudo parecia normal até que eu ouvi o grito GOOOOL!. Visceral, coletivo e desesperado.  

Sim, ainda há pessoas aqui e elas estão se divertindo, torcendo, sofrendo e comemorando.  Na final do campeonato estadual, dois dos times centenários da minha cidade se enfrentaram e as pessoas fizeram o que fazem há mais de cem anos: gritam gol e se desesperam positiva e negativamente.

Eu acordei assustada com a gritaria pois, como vocês sabem, estou com covid e passo o dia dormindo mesmo, até porque essa é uma forma de festejar o domingo no isolamento.

Foram muitos gols e muitos gritos.  As pessoas xingando os torcedores adversários pela janela, sendo conscientes com o isolamento social mas perdendo a educação, como deve ser.

Apesar de assustada, não pude deixar de sorrir.  O meu time igualmente centenário não estava nessa final, mas não importa pois haverá muitas no próximo século.



terça-feira, 18 de maio de 2021

Impressões da pandemia (vol. 9)

Esse é o post que eu não queria escrever.

Eu testei positivo para o coronavirus no dia 13/05/2021.  Fiz o teste porque estava sentindo os sintomas de uma gripe muito forte, e a recomendação é que nesses casos se faça o exame para reforçar as medidas de isolamento.

Segui a recomendação e desde então estou em isolamento total em casa.  As recomendações gerais são: ficar em casa, cuidar da alimentação e da hidratação e, havendo dificuldades respiratórias ir para o hospital. 

Comprei um oxímetro e um termômetro e estou monitorando.  A recomendação é que se houver uma saturação de oxigênio abaixo de 95 devemos ir ao hospital.

Aprendi algumas coisas desde então, e esse post é para compartilhar as minhas lições:

a) Não adianta ficar especulando onde você contraiu o coronavirus.  Eu fiz tudo o possível para evitar, passei um ano e dois meses no melhor isolamento possível, mas nos últimos dias precisei sair de casa e ir ao hospital visitar a minha mãe que está internada.

Acho que essas saídas mais frequentes e o fato de visitar o hospital contribuíram para que eu contraísse, mas não adianta ficar pensando nisso.

b) Adianta, sim, avisar às pessoas com as quais eu tive contato. Como realmente eu me desloquei pouco e tive contato com poucas pessoas, consegui avisar a todas. Até o momento nenhuma delas apresentou sintomas.

c) Desde o momento em que apresentei os sintomas até a confirmação pelo teste, muita coisa passou pela minha cabeça.  O mais preocupante é pensar que talvez eu fosse uma das pessoas que desenvolve aquelas complicações mais graves.

A sensação de incerteza e medo, somada à debilitação física e o fato de precisar ficar sozinha tem efeitos devastadores.

d) Eu fiz planos depois de entrar para a estatística. Tudo isso tem que passar. 

Hoje não tive febre, e no geral estou me sentindo melhor.  A sensação é de um grande cansaço, muita dor de cabeça, e medo.

Escrevi esse post para lembrar de quando adoeci durante a pandemia, e daquelas pessoas que estão sofrendo no momento.


segunda-feira, 3 de maio de 2021